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© Don Emmert/AFP |
Após o discurso do presidente Jair Bolsonaro na 74ª Assembleia Geral da
Organização das Nações Unidas (ONU), nesta terça-feira (24/9), jornais
internacionais se pronunciaram sobre os temas abordados pelo brasileiro. O
presidente atraiu atenção ao tratar de questões como a devastação e a soberania
da região amazônica brasileira, a mídia internacional e críticas às ditaduras
venezuelana e cubana.
O jornal The
New York Times comparou
Jair Bolsonaro ao presidente norte-americano, Donald Trump, que é conhecido por
seus discursos diplomáticos explosivos e alarmistas. "Trump será precedido
pelo presidente Jair Bolsonaro, do Brasil, às vezes chamado de mini-Trump, uma figura
polarizadora em seu país que, como Trump, nega os temores sobre mudanças
climáticas e ridiculariza críticos no Twitter", afirma o NYT.
O
francês Le Figaro destacou o ataque indireto de Bolsonaro ao
presidente francês, Emmanuel Macron, como contraditório, já que defende que não
houve crescimento das queimadas da Amazônia. De acordo com o jornal, sem citar
nomes, Bolsonaro descreveu como "proposta absurda" a ideia de Macron
da criação um "status internacional" para proteger a Amazônia.
Em
sua fala, o presidente brasileiro diz que o "um país, em vez de ajudar,
embarcou nas mentiras da mídia e se portou de forma despropositada e
colonialista". "Um deles, por ocasião do encontro do G7, ousou
sugerir sanções ao Brasil sem sequer nos ouvir. Agradeço os que não aceitaram
levar adiante essa absurda proposta", disse Bolsonaro. "Respeito a
liberdade e soberania de cada um de nós", atacou Bolsonaro.
Segundo Le
Figaro, "entre o início de janeiro e 19 de setembro o Brasil registrou
um aumento de 56% em relação ao mesmo período do ano passado no número de
incêndios florestais, dos quais quase metade (47%) afeta a
Amazônia".
O
jornal The Guardian e a agência de notícias Bloomberg ressaltaram
a fala em que o presidente do Brasil negou que a floresta amazônica esteja
sendo destruída. "Ela não está sendo devastada e nem consumida pelo fogo,
como diz mentirosamente a mídia", disse Bolsonaro durante o
discurso.
A BBC
News também destacou o posicionamento de Bolsonaro sobre a Amazônia.
Segundo o portal, ambientalistas afirmam que as políticas dele aumentaram os
incêndios este ano e que ocorreu o incentivo dos "pecuaristas a limpar
grandes áreas da floresta desde sua eleição em outubro passado”. No discurso, o
presidente brasileiro disse que era uma "falácia" descrever a
Amazônia como a herança da humanidade e um "equívoco" de que suas
florestas eram os pulmões do mundo.
Para
o jornal El País, o discurso de Bolsonaro e do
presidente Donald Trump, foram "ultranacionalistas". Além disso, o
veículo ressaltou os temas tratados por Bolsonaro como
"a sombra ameaçadora da desaceleração econômica devido à guerra comercial
EUA-China".
Fonte:
MSN/CRREIO BRAZILIENSE
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