A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) em 2014 registrou aumento de 10,5% (9 mil) no número de crianças e adolescentes entre 5 a 14 anos ocupados, totalizando 95 mil (5,6% do total nessa faixa etária) nessa condição em 2014 (eram 86 mil em 2013, o equivalente a 5,5% do total). Destes, o trabalho infantil é mais incidente entre o grupo com idade entre 10 e 14 anos, com registro de 80 mil casos (84,2%).
A população ocupada na faixa de 5 a 9 anos de idade passou de 9 mil em 2013 para 15 mil em 2014 e, assim como em 2013, concentrou-se na atividade agrícola (86,6% dos ocupados ou 13 mil registros). Já o nível da ocupação das pessoas de 10 a 14 anos de idade subiu de 77 mil para 80 mil, e ficou dividido em 2014 em 43 mil crianças e adolescentes nessa faixa-etária trabalhando na zona rural e 37 mil nas áreas urbanas do Estado.
A pesquisa identificou um total de 158 mil crianças e adolescentes, com idade entre 5 e 14 anos, trabalhando pelos estados nortistas (60,1% deles no Pará), sendo 103 mil em regiões agrícolas (17 mil de 5 a 9 anos e 86 mil de 10 a 14 anos) e 55 mil em áreas não agrícolas (2 mil de 5 a 9 anos e 53 mil entre 10 e 14 anos).
Em todo o País, a alta foi de 6,7% (57 mil) nestas faixas-etárias, totalizando 897 mil crianças e adolescentes trabalhando. No recorte de 5 a 17 anos, o aumento foi de 143,5 mil casos (4,5% a mais), chegando a 3,3 milhões (8,1% do total nessa faixa etária). Destes, 16,6% (553,6 mil) tinham entre 5 a 13 anos de idade (trabalho infantil). Nas regiões Norte e Nordeste, essa proporção subia para 27,5% e 22,4%, respectivamente.
O trabalho infantil na faixa de 5 a 13 anos de idade passou de 506 mil em 2013 para 554 mil em 2014 (mais 9,3%) e, assim como em 2013, concentrou-se na atividade agrícola (62,1% dos ocupados). O nível da ocupação das pessoas de 5 a 17 anos de idade subiu de 7,5% em 2013 para 8,1% em 2014, tendo se elevado em todas as grandes regiões. A região Norte apresentou o maior aumento (de 8,2% para 9,2%) e a Sudeste, o menor (de 6,2% para 6,6%).
O contingente de desocupados (pessoas de 15 anos ou mais de idade que não estavam ocupadas e tomaram providência efetiva para conseguir um trabalho) aumentou 2,9% (8 mil pessoas) em 2014, chegando a 283 mil. É quase metade da população desocupada na região Norte, que oscilou 4,5% (27 mil pessoas) entre 2013 e 2014, totalizando 618 mil registros. No Brasil, 2014 fechou com 7,3 milhões de desocupados – alta de 9,3% (617,2 mil pessoas) em relação a 2013. Ainda no Pará, mais da metade (63,3%) dos desocupados eram homens.
IDOSOS
A população do Pará foi estimada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) em 2014, em 8,093 milhões de pessoas, cerca de 103 mil a mais do que em 2013 (alta de 1,3%). Desse total, 5,671 milhões de habitantes (70%) moravam nas áreas urbanas e 2,422 milhões nas zonas rurais do Estado. A população masculina do Estado ainda é maior e representa 50,3% dos habitantes (4,074 milhões) – uma proporção ainda maior da observada no ano anterior: 50,1%.
Ainda de acordo com os dados gerais da Pnad, predominam no Pará os moradores da cor ou raça parda (70,8% ou 5,730 milhões), seguido pelo percentual de pessoas que se declararam brancas (20,1% ou 1,627 milhões), pretas (7,7% ou 628 mil), indígenas (1,2% ou 96 mil) e amarelas (0,15% ou 12 mil). Em 2014, os idosos (pessoas com 60 anos ou mais de idade) representavam 9,8% da população paraense, contra 9,5% em 2013. Em números absolutos, um incremento de 35 mil idosos no comparativo dos dois anos, totalizando uma população de 797 mil pessoas. As mulheres são a maioria dessa faixa-etária, com uma fatia de 52,3% do total (417 mil idosas).
Os dados de migração da PNAD indicam que 1,264 milhão de habitantes (15,6% da população) não nasceram no território paraense – em 2013, era 14,5% dos residentes no Estado. Maranhão, Ceará e Tocantins respondem pelo maior número de migrantes residentes no Pará, com 481 mil pessoas (38%), 120 mil (9,5%) e 107 mil (8,4%), respectivamente.
ORM News
Nenhum comentário:
Postar um comentário