O
protesto dos caminhoneiros contra o governo da presidente Dilma Rousseff,
organizado pelo Comando Nacional do Transporte (CNT), resumia-se a dois pontos
de bloqueio no início da noite desta quinta-feira, 12, sem que a categoria
tivesse obtido qualquer resultado com as paralisações.
Os bloqueios parciais ocorriam na BR-462, em Santa Rosa, no Rio
Grande do Sul, e na BR-153, em Colinas do Tocantins, região norte do País.
Durante o dia, motoristas bloquearam a BR-267, em Maracaju (MS), mas a
manifestação se dissolveu sob a ameaça de multas.
No início da madrugada, os caminhoneiros que bloqueavam a BR-153
foram dispersados pela Força Nacional de Segurança Pública, convocada no dia
anterior pelo Ministério da Justiça para atuar na liberação das rodovias. Os
agentes usaram bombas de efeito moral contra os caminhoneiros.
Um dirigente do CNT, Fábio Luiz Roque, usou as redes sociais
para pedir aos caminhoneiros que mantivessem as paralisações e buscassem apoio
de produtores rurais. “Mudem os pontos, convidem os agricultores e tragam as
máquinas agrícolas para o asfalto”, conclamou, sem ser atendido.
Falando em nome de Ivar Schmidt, principal liderança do CNT, que
esteve em Brasília em busca de apoio parlamentar, o dirigente convocou novas
manifestações para o próximo dia 15. Segundo ele, o comando oferece assistência
jurídica gratuita para caminhoneiros que tenham sido multados em razão dos
bloqueios. Até a noite, a Polícia Rodoviária Federal não tinha um balanço das
multas.
Fonte: O Etadão
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