Brasil Novo Notícias: Técnicos paralisam universidades no Pará nesta quarta-feira

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Técnicos paralisam universidades no Pará nesta quarta-feira

Servidores de quatro instituições cruzam os braços no Estado

Foto: ORM News/Arquivo
Os servidores técnicos das quatro universidades federais do Pará irão paralisar as instituições hoje. Os servidores da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) e Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) paralisarão as atividades. 
A decisão foi aprovada na última quinta-feira, dia 18, quando os servidores decidiram aderir ao movimento que deverá atingir 28 universidades em todo o Brasil. Durante todo o dia serão desenvolvidas atividades nas quatro universidades e no Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB) contra a privatização dos hospitais universitários e à reforma da Previdência proposta pelo governo federal. A categoria deliberou por fechar os portões da Ufra. Somente os serviços classificados como essenciais, que são os cuidados com plantas e animais, serão liberados para funcionar hoje.
Uma discussão sobre os rumos do movimento está marcada para às 11 horas no hall da reitoria da UFPA. Segundo a coordenadora de Comunicação do Sindicato dos, Tais Ranieri, a paralisação de hoje de servir como um marco inicial da campanha salarial de 2016. Dentre os principais pontos da pauta dos servidores estão a medida que determina a adesão automática dos Servidores Públicos Federais (SPF) ao Fundo de Pensão Complementar (FUNPRESP), a reforma da previdência e a mudança de gestão do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB). Uma assembleia dos servidores deve ser realizada em março.
O principal objetivo do ato em frente ao Barros Barreto é denunciar a má gestão da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH). Os técnicos administrativos são contra a transferência da gestão do hospital da UFPA para a EBSERH. “Os hospitais universitários recebem verba do MEC e os profissionais da Saúde são vinculados a carreira técnica administrativa da instituição. Todos são profissionais em educação na saúde. Com a transferência da gestão vai dificultar o repasse de verbas, a UFPA poderá fazer um repasse para o Barros Barreto, mas na verdade o principal problema começa aí. O problema dos hospitais universitários não é de gestão, o problema central é a falta de verbas. Hoje, 50% dos leitos do Barros Barreto estão fechados. Eles existem, mas estão fechados, porque não tem mais dinheiro”, argumenta Tais Ranieri. Com a mudança os novos contratados deixarão de ser servidores da UFPA para serem da EBSERH.
Outra das principais bandeiras da paralisação é a reforma da previdência. A decisão da presidente Dilma Roussef (PT) de encaminhar uma proposta de Reforma da Previdência é vista como uma forma do governo diminuir direitos dos trabalhadores. “Desde a década de 90 foram feitas várias alterações no direito previdenciário, a Dilma anunciou que encaminhará uma nova proposta para diminuir o rombo da previdência. Na verdade, não existe rombo na previdência. Eles desviam o dinheiro da previdência para o pagamento da dívida pública”, afirmou. O governo pretende instituir um fator previdenciário progressivo. Atualmente, o tempo de contribuição dos trabalhadores é de 85 anos para mulheres e 95 anos para os homens, as mudanças que vincularão a aposentadoria ao aumento da expectativa de vida irá para 95 anos para mulheres e 105 para os homens. A proposta governamental também quer eliminar a diferença de anos existente entre homens e mulheres.
Fonte: ORM News

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