Estado
é responsável por 70% do desmatamento na Amazônia
Foto: Oswaldo Forte |
Dados
do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon)
referentes ao mês de novembro apontam que o Pará foi responsável
por 70% do desmatamento entre os Estados da Amazônia Legal. Na
sequência surge Roraima (11%), Amazonas (7%), Rondônia (7%) e Mato
Grosso (5%). O Sistema de Alertas de Desmatamento (SAD) detectou 56
quilômetros quadrados de desmatamento na Amazônia Legal com uma
cobertura de nuvem 24%. No boletim divulgado ontem, a fração de
desmatamento entre 1 e 10 hectares foi de 14% do total detectado (8
quilômetros quadrados). A grande maioria dos alertas abaixo de 10
hectares se concentrou nos Estados do Pará e Rondônia.
Considerando
os alertas a partir de 10 hectares, houve aumento de 30% em relação
a novembro de 2016, quando o desmatamento somou 37 quilômetros
quadrados. As florestas degradadas na Amazônia Legal (queimadas
intencionais e o corte seletivo de árvores de interesse comercial)
somaram 40 km² em novembro de 2017. Em relação a novembro de 2016
houve aumento de 59%, quando a degradação florestal somou 25
quilômetros quadrados. Em novembro de 2017 a degradação foi
detectada somente no Estado do Pará (100%).
O
Estado desponta ainda como o líder da degradação da floresta no
acumulado de agosto a novembro, com 5.309 km² - 46,84% dos 11.332
km² de floresta degradada em todos os Estados da Amazônia Legal no
mesmo período. Na comparação com os mesmos meses de 2016, o Pará
surge com um alarmante aumento de 1.966,5% - foram 257 km² de
degradação no ano passado. Mato Grosso, que registrou alta de 73%,
aparece em segundo, com degradação florestal de 5.197 km² entre
agosto e novembro desse ano. Na sequência surgem Tocantins (722
km²), Rondônia (78 km²), Amazonas (25km²) e Acre (1 km²). Na
comparação com os dois períodos acumulados, a alta da degradação
em toda a floresta foi de 221%.
Redução
No
que se trata do desmatamento nesses mesmos quatro meses, foi
verificada uma redução de 42% no Estado do Pará, caindo de 374 km²
em 2016 para 216 km² em 2017. A redução foi suficiente para que o
Mato Grosso tomasse a ponta do desmatamento entre agosto e novembro
últimos. Com queda de apenas 27%, o Estado fechou o período com 237
km² de áreas desmatadas. Rondônia apontou 122 km² (-46%);
Amazonas, 106 km² (-55%); Acre, 32 km² (-45%); e Roraima, 18 km²
(-18%). Em toda a Amazônia Legal, foi verificada uma redução de
40% no corte raso de árvores para converter áreas de floresta em
pastagens, com diminuição de 1.209 km² para 731 km².
Ainda
segundo o boletim do Imazon, a maioria (46%) do desmatamento no
último mês de novembro ocorreu em áreas privadas ou sob diversos
estágios de posse. O restante do desmatamento foi registrado em
assentamentos de Reforma Agrária (40%), Unidades de Conservação
(6%) e Terras indígenas (8%).
Fonte:
Portal ORM
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