Garimpeiros
interditam, pelo terceiro dia consecutivo, o trecho da BR-163 que fica no
município de Itaituba, no sudoeste do Pará. Os manifestantes intensificaram o
ato e, agora, estão liberando a pista a cada 12 horas, em apenas um sentido.
Antes, os garimpeiros estavam permitindo a passagem de veículos a cada seis
horas, em ambos os sentidos. Como resposta ao ato, caminhoneiros também
iniciaram interdição de outro trecho da via
Os trabalhadores, que atuam de forma
ilegal, paralisaram as atividades para cobrar a legalização dos garimpos na
região. A interdição da rodovia começou na segunda-feira (9), como mostra
o vídeo abaixo. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o engarrafamento possui em média 40 quilômetros em
apenas um dos sentidos da via.
A
BR-163, também conhecida como Cuiabá-Santarém, liga os municípios da região do
Baixo Amazonas ao centro-oeste do Brasil. A interdição acontece no distrito de
Moraes de Almeida, na zona rural de Itaituba. A rodovia é a principal rota da
região para o escoamento da safra de grãos do Pará.
O grupo de garimpeiros exige a suspensão das ações de fiscalização contra
os garimpeiros da região e pede garantia e segurança dos equipamentos usados
por eles. Durante operações de fiscalização, aparelhos utilizados na extração
de minério de forma ilegal são destruídos.
Na
última quarta-feira (11) o superintendente do Ibama no Pará, coronel
Evandro Cunha, foi exonerado pelo Ministério do Meio Ambiente. A decisão foi
tomada após ele ter afirmado que iria parar a destruição de equipamentos
apreendidos em garimpos ilegais no estado. A destruição de produtos e
instrumentos usados em crimes ambientais é autorizada pela legislação ambiental
quando não for possível retirar os equipamentos da mata.
O grupo de manifestantes também
pede uma audiência com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo
Salles, para que seja discutida a regularização dos garimpos no Tapajós e
regularização simplificada para as áreas garimpeiras.
Ainda
na manhã desta quinta, um grupo de caminhoneiros interditou outro ponto da
BR-163. O bloqueio, que fica no quilômetro 345 da rodovia, foi uma resposta a
interdição dos garimpeiros. Nesse novo ponto, não há liberação de veículos,
segundo os caminhoneiros.
Violência
contra agentes do Ibama
Garimpeiros
já haviam respondido com violência a ações de fiscalização do Instituto
Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
No dia
30 de setembro, agentes do instituto foram alvos de tiros próximo a
uma área indígena no Pará. De acordo com a Polícia Federal, a ação criminosa
teve o objetivo de intimidar as ações de combate a garimpos ilegais na região.
Ninguém ficou ferido no ataque.
A
equipe que foi atacada era composta por quatro fiscais Ibama, quatro agentes da
Força Nacional e oito policiais federais. Os disparos foram efetuados quando a
equipe identificou um garimpo ilegal perto da Terra Indígena Ituna/Itatá.
No
acampamento, foi encontrada uma escavadeira grande, além de máquinas e bombas
usadas em garimpos ilegais. Os equipamentos foram destruídos no local.
Fonte:
Agência Pará

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