O Sindicato
dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp) Subsede de
Medicilândia deflagrou greve nesta terça-feira, 17, por falta de pagamento de
salário.
O coordenador
da Subsede de Medicilândia do Sintepp, professor Valtair Fiafilo Deucher, disse
que a greve foi definida em assembléia da categoria realizada na última
quarta-feira que os profissionais da educação entrariam em greve caso o
pagamento do salário do mês de agosto não fosse pago.
“Quarta-feira passada os trabalhadores da
educação decidiram em assembléia sinalizando o início da greve para esta
terça-feira, 17, caso o prefeito não efetuasse o pagamento dos salários dos
trabalhadores da educação que se encontra em atraso e nós entramos em greve
nesta terça-feira por tempo indeterminado. Nós estamos aguardando o poder
público sentar com a gente e resolver o problema da falta de pagamento dos
salários da categoria. Nós estamos sem receber o salário do mês de agosto e nós
sabemos que o dinheiro está na conta e que no referido mês entrou mais de R$
1.200.000 nas contas do FUNDEB do município, então não é falta de dinheiro para
o executivo não efetuasse até agora o pagamento desses trabalhadores da educação”,
disse o coordenador. Ainda segundo o coordenador do Sintepp 30% dos
profissionais continuam trabalhando de acordo requer a lei.
Professor Valtair Fiafilo Deucher |
A nossa
reportagem conversou também com a Secretária de Educação do município de
Medicilândia, Aparecida Camargo, que esclareceu a falta de pagamento dos
trabalhadores da educação referente ao mês de agosto.
“Em Medicilândia está ocorrendo um fato (greve
na educação) extraordinário. Até agora não havia acontecido. É o seguinte: O
porquê do não pagamento do mês de agosto até hoje 17 de setembro? Ocorre que no
orçamento da prefeitura nós pedimos para a Câmara Municipal uma suplementação.
No início do ano foi feita uma suplementação de 10% e não foi suficiente no
nosso orçamento então pedimos agora uma suplementação de 25% para a câmara de
vereadores, essa votação ela teve algum percurso que foi interrompido, tipo,
faltou algum documento a ser encaminhado para a câmara então imediatamente
foram encaminhadas as planilhas em anexo da anulação do orçamento exatamente
para fazer a suplementação, diante disso, devido a demora que nós tivemos no
trâmite legal da câmara nós não podemos efetuar pagamentos sem que tenha
votação orçamentária suficiente para que cubra os gastos para que nós possamos
empenhar os nossos gastos e posterior a isso aí liquidar nossas despesas,
somente por isso que nós não fizemos o pagamento. Nós demos todos os
esclarecimentos aos professores, eles estão cientes que o dinheiro deles está
disponível, basta que seja votado na câmara de vereadores a suplementação. Os vereadores
também se empenharam pra isso, é tanto que nesta quarta-feira as 17 horas
ocorrerá na Câmara de Medicilândia a votação dessa suplementação, já foi dado o
parecer da comissão, vota amanhã e automaticamente sendo votada o pagamento
deles estará disponível. Essa manifestação deles hoje eu vejo como uma forma
utilizada pelos professores para pressionar para que seja votada a
suplementação, mas eu posso afirmar que não teria necessidade de paralisação
das aulas, uma vez que o trâmite está sendo todo ele obedecido”,
esclareceu a secretária.
Aparecida Camargo |
Por: Joabe Reis
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