A canalização de parte do rio Xingu prevê o aproveitamento do declive natural de 90 metros no local escolhido para a construção da usina
A hidrelétrica Belo Monte, situada no rio Xingu (PA), está prestes a concluir uma das fases mais complicadas de execução do seu projeto. As empreiteiras, contratadas pela concessionária Norte Energia, realizam as obras finais do canal artificial de água com 20 quilômetros de extensão e 300 metros de largura dentro da Amazônia.
A canalização de parte do rio Xingu prevê o aproveitamento do declive natural de 90 metros no local escolhido para a construção da usina. A solução de engenharia, de dimensão inédita no Brasil, garantirá ao projeto o status de terceiro maior empreendimento de geração hidrelétrica do mundo.
No dia 19 de outubro, a equipe de engenharia do Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM) comandou a última detonação de solo da fase de escavação. Agora, resta cumprir apenas a etapa de revestimento em rocha, que terminará em meados de novembro. O chamado "canal de derivação" conta com 25 metros profundidade em seu trajeto. Foram removidos 110 milhões de metros cúbicos de solo, sendo 25 milhões em rocha.
O superintendente de Obras da Norte Energia, Jaime Juraszek, afirma que o volume de solo escavado corresponde à metade do que foi removido no Canal do Panamá, outro caminho artificial que liga o oceano Atlântico ao Pacífico. "Concluímos as obras em tempo recorde de quatro anos, com um aparato tecnológico de ponta. A complexidade de sua execução coloca a engenharia brasileira em novo patamar", afirmou Juraszek, em entrevista ao Valor.
O grupo construtor de Belo Monte é formado pelas maiores empreiteiras brasileiras. As obras das usinas seguem o cronograma normal, apesar de boa parte das empresas ter, nos últimos meses, os nomes estampados no noticiário nacional em reportagens sobre a Operação Lava-Jato, da Polícia Federal. As maiores fatias societárias do CCBM são da Andrade Gutierrez, Odebrecht, Camargo Corrêa, OAS e Queiroz Galvão.
O canal artificial foi considerado essencial para Belo Monte ter sua viabilidade atestada pelos órgãos ambientais. "Outros países já construíram canais subterrâneos para ampliar a capacidade de usinas em regiões montanhosas. O nosso é a céu aberto. Surgiu da concepção de reduzirmos as áreas alagadas e alcançarmos o aproveitamento máximo de potência", disse juraszek. O canal abastecerá com a vazão de 13.950 m³/s - as 18 principais turbinas da usina.
A canalização de parte do rio Xingu prevê o aproveitamento do declive natural de 90 metros no local escolhido para a construção da usina. A solução de engenharia, de dimensão inédita no Brasil, garantirá ao projeto o status de terceiro maior empreendimento de geração hidrelétrica do mundo.
No dia 19 de outubro, a equipe de engenharia do Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM) comandou a última detonação de solo da fase de escavação. Agora, resta cumprir apenas a etapa de revestimento em rocha, que terminará em meados de novembro. O chamado "canal de derivação" conta com 25 metros profundidade em seu trajeto. Foram removidos 110 milhões de metros cúbicos de solo, sendo 25 milhões em rocha.
O superintendente de Obras da Norte Energia, Jaime Juraszek, afirma que o volume de solo escavado corresponde à metade do que foi removido no Canal do Panamá, outro caminho artificial que liga o oceano Atlântico ao Pacífico. "Concluímos as obras em tempo recorde de quatro anos, com um aparato tecnológico de ponta. A complexidade de sua execução coloca a engenharia brasileira em novo patamar", afirmou Juraszek, em entrevista ao Valor.
O grupo construtor de Belo Monte é formado pelas maiores empreiteiras brasileiras. As obras das usinas seguem o cronograma normal, apesar de boa parte das empresas ter, nos últimos meses, os nomes estampados no noticiário nacional em reportagens sobre a Operação Lava-Jato, da Polícia Federal. As maiores fatias societárias do CCBM são da Andrade Gutierrez, Odebrecht, Camargo Corrêa, OAS e Queiroz Galvão.
O canal artificial foi considerado essencial para Belo Monte ter sua viabilidade atestada pelos órgãos ambientais. "Outros países já construíram canais subterrâneos para ampliar a capacidade de usinas em regiões montanhosas. O nosso é a céu aberto. Surgiu da concepção de reduzirmos as áreas alagadas e alcançarmos o aproveitamento máximo de potência", disse juraszek. O canal abastecerá com a vazão de 13.950 m³/s - as 18 principais turbinas da usina.
O projeto original de energia para a Volta Grande do Xingu, onde está localizada Belo Monte, existe há mais de 30 anos. A usina erguida pela Norte Energia era apenas uma - com o antigo nome Kararaô - das seis hidrelétricas projetadas para a região do Parque Nacional do Xingu. As exigências ambientais reduziram a capacidade de 20 mil megawatts (MW) para os atuais 11,2 mil MW. A área alagada também ficou menor, de 18 mil quilômetros quadrados12 vezes a cidade de São Paulo para 512 quilômetros quadrados.
Após alterar projeto, incertezas sobre o real volume de rocha e dificuldade em removê-la foi apontado pelo setor como um das grandes desafios projeto. A discussão veio a tona no momento de formação dos consórcios que iram participar do leilão da usina, em 2011
Atualmente, a usina aguarda a licença de operação do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) para iniciar a geração de energia. Em setembro, o órgão exigiu a comprovação do atendimento de 12 medidas de compensação ambientais aos impactos do projeto.
Por: Valor Econômico.
Fotos: Norte Energia
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