Contratação de temporários no Pará será menor neste ano, afirma Dieese

Trabalhadores desempregados que vêem uma oportunidade de conquistar uma vaga com a chegada das festas de fim de ano, quando os setores de comércio e serviços investem na contratação de temporários, deverão encontrar maiores dificuldades para uma colocação profissional no Pará. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Dieese-PA, a estimativa é que o mercado oferte cerca de 4 mil vagas para contratações temporárias até dezembro de 2015, número que corresponde quase à metade se comparado ao mesmo período do ano passado.

Atualmente desempregada, Izaura Rocha conta que trabalhava como auxiliar administrativa em uma escola no bairro do Bengui, em Belém, mas após o encerramento do contrato de prestação de serviços, há 3 anos está sem emprego. Durante esse tempo, ela decidiu se qualificar e espera conseguir uma oportunidade de trabalho até o fim deste ano.

“Eu gostaria muito de conseguir porque esse é o final de ano em que a gente mais gasta, consome, né”, afirma.

Segundo a Associação Brasileira de Trabalho Temporário, no ano passado a expectativa de contração em 2014 era de 14%, e em 2015, por conta da crise econômica, despencou para 5%.

Porém, a especialista em Recursos Humanos Larissa Dias diz que apesar da baixa, as vagas existem e dá orientações que podem ajudar a conquistar uma delas.

“Esse temporário tem que se dedicar, então tem várias coisas que ele pode fazer para conseguir virar um efetivo. Uma dessas dicas é trabalhar nessa empresa como temporário, mas já como se ele tivesse sido contratado, com aquele ‘gás’ de quem está começando no emprego novo. Fora isso, tem que se esforçar, mostrar que está disposto a aprender”, declara.

Para Larissa, embora o cenário econômico seja recessivo, os requisitos para a contratação estão mais maleáveis

“Nesse momento, as empresas estão com menos exigências para contratar, então, aquele profissional com menos experiência, que não tem determinado curso, vai conseguir entrar agora, esse é o momento de ele entrar e até mesmo ficar”, conclui.

G1 Pará