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terça-feira, 19 de abril de 2016

Contaminação em água de escola é investigada em Altamira

O Ministério Público do Pará convocou uma reunião com autoridades do município de Altamira, no sudoeste do estado, para investigar a origem da contaminação da água que abastecia o Centro Educacional Batista Independente (Cebi), escola que funciona em regime de convênio com a prefeitura, e conta com mais de 600 alunos da educação infantil e ensino fundamental.
Segundo a promotora ambiental Grace Parente, análises em amostras da água do poço do Cebi mostram a presença de benzeno, substância cancerígena. O Instituto Evandro Chagas atestou que a presença de benzeno é 5.300% acima do normal nas amostras. O MPPA determinou que o poço e os bebedouros da escola fossem lacrados imediatamente por conta do risco para a saúde de alunos e funcionários.
“Não se sabe ainda qual é a causa da geradora, qual é o ponto de contaminação originário desta substância. Não tem como determinar, por ora, qual seria essa fonte geradora. De imediato, o MPPA aotou algumas providências para proteger a população que esteja no entorno daquela área”, diz a promotora.
Os representantes da escola alegam que as aulas foram reduzidas desde que o problema foi detectado. “As crianças estão trazendo as garrafinhas de água de casa e a escola está funcionando só duas horas pela manhã e duas horas à tarde, não tá tendo possibilidade de trabalhar”, afirma o representante Daniel Vargas.
Representantes de um posto de combustíveis que funciona a 28 metros da escola foram chamados para a reunião. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Altamira pediu que o dono do posto faça um estudo ambiental detalhado da área e determinou um prazo de 30 dias para que os resultados sejam apresentados.

“Nós fazemos todo ano, mais de uma vez por ano, os testes de estanqueidade. É uma empresa certificada pelo Inmetro e pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) que vem para Altamira, faz a análise dos tanques de combustível e verifica se há vazamento ou não”, garante José Vinicius, advogado do posto. O estabelecimento se comprometeu em doar água mineral para a instituição até que o problema seja resolvido.
Além do posto, oficinas mecânicas instaladas na área também devem ser fiscalizadas. “Nós já solicitamos um estudo, que deve ficar pronto nos próximos dias, para que a gente analise e descubra de onde é essa contaminação, que pode ser do posto, pode ser de uma oficina. Nós estamos trabalhando no entorno todo com a equipe técnica nesse trabalho”, afirma Luís Araújo, secretário municipal de meio ambiente. 
Fonte: G1/Pará.

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