No início da semana as
escolas decidiram paralisar após professores cruzarem os braços e se negarem a
dar aula por estarem sem receber salários há três meses no município de Uruará
(PA). Com o movimento de paralisação iniciado pela categoria, pais de alunos e
alunos vem demonstrando apoio aos educadores, mas o movimento desagradou o
executivo municipal que em reunião ocorrida nesta quinta-feira, 28, o prefeito
municipal teria determinado aos diretores das escolas do município que
providenciassem uma lista de professores (contratados) para que estes fossem
demitidos, informação confirmada pelo coordenador do (Sintepp) Sindicato dos
Trabalhadores em Educação Pública do Pará - Subsede de Uruará, professor
Avanildo Moreira, também amplamente mencionada durante sessão ordinária
tumultuada na Câmara de Vereadores do município desta sexta-feira. Alguns
diretores se recusam a produzir a lista indicando quais professores de sua
escola deverão ser demitidos, e o Sintepp repudia a decisão do prefeito
municipal de demitir educadores, segundo informou o coordenador do sindicato,
Avanildo Moreira. Caso se confirme a demissão em massa na educação, centenas de
professores, cerca de 250 a 300 servidores (que desde janeiro de 2016 não
recebem salário) serão demitidos e milhares de alunos poderão ficar sem
estudar. De acordo com fontes seguras, além da demissão de professores o
prefeito municipal anunciou na reunião que ocorreu durante a tarde desta
quinta-feira, 28, que 50% dos funcionários da prefeitura (servidores públicos municipais)
serão demitidos, inclusive da saúde, como agentes comunitários de saúde.
Um movimento dos
servidores da educação municipal coordenado pelo Sindicato ocorrerá na segunda
as 8h em frente a prefeitura municipal, quando acontecerá uma Assembleia geral
dos servidores da educação ao ar livre, no estacionamento da prefeitura, a
Assembleia é motivada pela iminente demissão em massa, salários atrasados,
entre outros motivos, segundo informou o Sintepp local.
Os servidores público
municipal por várias vezes já recorrerão a Câmara Municipal de Vereadores, mas
tem barrado na base governista composta por 8 vereadores que defendem as ações
do prefeito municipal, consideradas, por muitos, arbitrárias. Nesta
sexta-feira, 29, estava previsto a votação de mais um pedido de afastamento do
prefeito Everton Banha, mas como a maioria dos vereadores não compareceram à
sessão não deu quorum e a Sessão e tampouco a votação não aconteceu, o que
revoltou pais de alunos, educadores e representantes da sociedade em geral que
estavam presentes, houve bate boca e troca de acusações, por pouco não houve
agressões físicas.
Até o momento nem a
Secretaria de Educação nem a prefeitura municipal se manifestou sobre o
assunto.
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