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sexta-feira, 29 de abril de 2016

Sábado: dia D da vacinação contra a gripe

Acontece neste sábado, 30, em todo o país, a mobilização em torno da 18ª Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe, que traz como tema “”Vacine-se contra a gripe e viva com mais saúde”. O chamado Dia D corresponde às ações que serão desenvolvidas pelas secretarias municipais de Saúde, que disponibilizarão as doses nas Unidades Básicas e em outros locais que estarão abertos especialmente para receber os postos volantes, a exemplo dos centros comunitários, salões paroquiais, shoppings, supermercados e praças. A campanha prossegue até o dia 20 de maio.
Para a ação, em vigor desde o dia 18 de abril, o Ministério da Saúde disponibilizou ao estado do Pará 1.846.400 milhão de doses, que devem ser aplicadas, de uma vez só, somente em crianças entre seis meses a menores de cinco anos; pessoas a partir de 60 anos; trabalhadores da saúde; povos indígenas; gestantes; puérperas (mulheres até 45 dias após o parto); população privada de liberdade e os funcionários do sistema prisional, além de portadores de doenças crônicas clinicamente comprovadas.
Segundo informe técnico da Divisão de Imunizações da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), o Pará foi um dos 22 Estados que decidiram pela antecipação da campanha, cuja meta é vacinar 80% das pessoas classificadas como prioritárias pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em virtude de serem comprovadamente mais vulneráveis às infecções respiratórias causadas por vírus da gripe. A vacina é segura e pode reduzir em 45% o número de internações por pneumonias e em até 75% a mortalidade por complicações da gripe. A Sespa esclarece que todos os municípios paraenses já possuem vacinas disponíveis para aplicação.
Para receber a dose, o doente crônico deverá comprovar que tem direito à vacina apresentando prescrição médica de indicação da dose ou receita do medicamento de uso contínuo utilizado em seu tratamento. Caso o paciente não tenha nenhum desses documentos, a orientação é que ele vá à unidade onde recebe tratamento e solicite ao profissional de saúde que verifique seu cadastro nos programas de acompanhamento do Sistema Único de Saúde. Por outro lado, trabalhadores de saúde têm recebido a vacina nos locais onde atuam. A dose será ofertada apenas para os profissionais que atendem pessoas com suspeita de gripe. Para este grupo, será exigido um documento assinado pelo médico responsável pelo serviço a que o trabalhador está vinculado.
Esclarecimento
A Sespa também desmente algumas especulações difundidas nas redes sociais e na imprensa, como as de que as doses seriam liberadas para pessoas de todas as idades e que o Dia D seria uma segunda fase da campanha. Tudo não passa de boato: as vacinas continuam restritas ao público-alvo da campanha e só são aplicadas uma vez ao ano.
No Estado, a campanha de vacinação contra a gripe comporta 2.506 postos de vacinação fixos, além de 390 volantes e 62 fluviais, com 21.350 pessoas envolvidas, incluindo 2.048 equipes de vacinação. Além de 650 carros, também estarão disponíveis para a campanha 42 barcos, 16 voadeiras e 29 motos.
Como orientadora da Campanha, a Sespa recomenda que os profissionais das secretarias municipais de Saúde estejam empanhados em convencer a população pela adesão à campanha, pois a vacina concede imunidade após 15 dias da aplicação.
Nesse caso, as grávidas são um desafio à parte, já que formam um grupo mais receoso e resistente à ação. “Não há perigo. Pode se imunizar em qualquer período gestacional”, recomenda Jaíra Ataíde, coordenadora estadual do Programa de Imunizações, ao lembrar que a vacina só é contraindicada para pessoas com história de reação anafilática prévia em doses anteriores ou que tenham alergia grave relacionada a ovo de galinha e seus derivados.
Práticas de higiene
Além da vacina, durante a campanha os órgãos de saúde intensificarão as orientações de higiene que deveriam ser mantidas a rigor pela população para uma melhor prevenção das síndromes respiratórias, como manter janelas abertas e ambientes arejados, assim como lavar as mãos, já que a transmissão dos vírus Influenza acontece por meio do contato com secreções das vias respiratórias, eliminadas pela pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar. Também ocorre por meio das mãos e objetos contaminados, quando entram em contato com mucosas (boca, olhos, nariz).
Os sintomas da gripe são febre, tosse ou dor na garganta, além de dor de cabeça, dor muscular e nas articulações. Já o agravamento pode ser identificado por falta de ar, febre por mais de três dias, piora de sintomas gastrointestinais, dor muscular intensa e prostração. Diante desse cenário é bom procurar um serviço de saúde, seja uma unidade básica ou o hospital credenciado ao plano de saúde do paciente, o mais rápido possível.
Conforme as recomendações do Ministério da Saúde, a vacina contra a gripe não é capaz de eliminar a doença ou impedir a circulação do vírus. Por isso, as medidas de prevenção são muito importantes, particularmente durante o período de maior circulação viral, entre os meses de junho e agosto. Convém lembrar ainda que, mesmo pessoas vacinadas, ao apresentarem os sintomas da gripe – especialmente se são integrantes de grupos mais vulneráveis às complicações – devem procurar atendimento médico imediatamente.
Casos
No Estado do Pará, segundo dados registrados entre 01 de janeiro e 19 de abril de 2016, foram notificados 224 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), dos quais 86 foram confirmados para Influenza A (H1N1) em todo o Estado – sendo 55 somente na capital.
Em 2016, foram confirmadas oito mortes por H1N1 no Pará, sendo que todas apresentavam comorbidades ou pertenciam ao grupo de risco, definido pelo Ministério da Saúde. Os óbitos ocorreram em residentes dos seguintes municípios: Belém (05), Novo Progresso (02) e Marituba (01). Em Novo Progresso foram crianças indígenas menores de dois anos, com situação vacinal ignorada, ambos residentes em aldeia localizadas nas proximidades do município.

A Sespa lembra que os casos suspeitos de SRAG são notificados primeiramente pelas Secretarias Municipais de Saúde para depois serem comunicados à Secretaria Estadual. Isso inclui os casos atendidos por clínicas e hospitais que atendem pacientes com planos de saúde.

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