Brasil Novo Notícias: ‘Depoimentos têm divergências’, diz promotor do caso Buchinger

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

‘Depoimentos têm divergências’, diz promotor do caso Buchinger

A Justiça de Altamira, no sudoeste do Pará, encerrou as audiências de instrução do caso Buchinger na última quinta-feira (27) e estabeleceu um prazo de cinco dias para as alegações da defesa e da acusação. Com a conclusão dessa etapa processual, o juiz Alexandre Trindade irá decidir se os sete acusados de participar da morte do casal Luís Alves Pereira e Irma Buchinger Alves, e o filho deles, Ambrósio Neto, irão a júri popular.
Luís Alves Pereira e Irma Buchinger Alves, e o filho do casal, Ambrósio Buchinger Neto, foram assassinados dentro da própria casa em Altamira, em janeiro deste ano. O outro filho das vítimas, Henrique Buchinger, que teria presenciado o crime, é apontado pela Promotoria de Justiça como o mentor das mortes.
Doze testemunhas de defesa e acusação foram ouvidas no Fórum do Poder Judiciário de Altamira por mais de cinco horas, entre elas Chiara Buchinger, filha do casal assassinado. Também prestaram depoimento, a pedido do Ministério Público Estadual (MPPA), os policiais civis que participaram das investigações do caso. Os acusados responderam às perguntas feitas pelo juiz, pelo promotor e sete advogados de defesa.
Segundo o promotor Antônio Manoel Dias, os depoimentos apresentaram contradições em relação ao inquérito policial.

“Com relação aos depoimentos em si, realmente houve algumas divergências em relação aos depoimentos prestados na unidade policial, mas a princípio o Ministério Público vai seguir a mesma linha acusatória, de homicídio realmente”, afirmou.
Para César Ramos da Costa, advogado de defesa de Henrique Buchinger, os depoimentos auxiliaram na defesa do réu.
“O que se apurou nos autos, e apenas para efeito de que a sociedade de Altamira tem direito de saber, é que houve um assalto naquela noite que resultou na morte e que vários dos acusados puderam esclarecer que não tiveram envolvimento, e um deles, na nossa avaliação, o próprio Henrique, que está preso acusado de participar desta tragédia familiar, não teve qualquer envolvimento nesta tragédia”, defendeu Ramos.
De acordo com a polícia, Luís Alves Pereira, a esposa Irma Buchinger Alves e os três filhos do casal, sendo dois homens e uma mulher, estavam na residência da família quando criminosos invadiram a casa, na madrugada do último dia 6 de janeiro deste ano. Os suspeitos renderam o casal e o filho mais velho e usaram fita adesiva e um cadarço de sapato para imobilizar as vítimas e cometer o crime.
Henrique e a irmã caçula foram algemados e trancados no banheiro, mas conseguiram escapar por uma janela e pedir ajuda para a polícia. A polícia não informou se a filha também teria envolvimento no crime.
O casal de empresários era proprietário de uma boutique de roupas que funcionava no mesmo endereço da residência. Inicialmente, a polícia acreditava que os suspeitos teriam invadido o prédio à procura de dinheiro e feito a família refém.
Após análise das imagens do circuito interno de segurança, o delegado Rodrigo Leão, superintendente da Polícia Civil na Região do Xingu, informou que cerca de cinco pessoas chegaram em um carro e entraram na casa, mas devido à falta de qualidade da imagem não foi possível identificar nem as pessoas, nem a placa do veículo. Os suspeitos fugiram levando o carro da filha do casal e abandonaram o veículo em um ponto distante 12 quilômetros de Altamira. 
As informações são do G1 Pará.

Nenhum comentário:

Postar um comentário