O corpo de Krôhôkrenhum foi trasladado para Marabá e segue para a Aldeia Parkatejê, onde será velado a partir das 20h |
Um dos mais
importantes líderes indígenas da Amazônia, o cacique Gavião Krôhôkrenhum,
também conhecido como “Capitão”, morreu na madrugada desta quarta-feira (19) no
Hospital Adventista de Belém, por complicações derivadas de uma tuberculose.
“O ‘Capitão’, como
era respeitosamente chamado, optou sempre pelo fortalecimento do seu povo e das
suas tradições, em defesa do território, sem abdicar do acesso ao conhecimento
do ‘branco’, para fortalecer seus ideais”, comentou Adelina Braglia,
coordenadora do Núcleo de Apoio aos Povos Indígenas, Comunidades Negras e
Remanescentes de Quilombolas (Nupinq), vinculado à Casa Civil.
Adelina lamentou a
morte do cacique, lembrando que a liderança dele era catalisadora dos
interesses de todo Povo Gavião, que habita oito aldeias da Terra Indígena Mãe
Maria, a 30 quilômetros de Marabá, no município de Bom Jesus do Tocantins.
Citando palavras do
próprio cacique, Adelina Braglia destaca o modo próprio do líder conduzir seu
povo: “É verdade, o tempo que nós vivemos é outro. Tudo tem que ser pensado com
calma. Tem que pensar no trabalho total, não pode pensar em si. Tem que
trabalhar em conjunto”, dizia Capitão.
Representantes da
Aldeia Parkatejê, local de origem do cacique, participam do Grupo de Trabalho
criado pelo Governo do Estado para discutir a criação de políticas públicas em
benefício das comunidades indígenas. O grupo funciona sob supervisão da
Secretaria Extraordinária de Integração de Políticas Sociais (SEIPS) e
coordenação do Nupinq.
O corpo de
Krôhôkrenhum foi trasladado para Marabá e segue para a Aldeia Parkatejê, onde
será velado a partir das 20h.
Fonte: Agência Pará
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