Dos
6,73 milhões de inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)
deste ano, 30,2% não compareceram ao primeiro dia de provas. Esse é
o maior índice de abstenção desde 2009, quando foram registradas
37,7% de ausência.
No
total, 273 pessoas foram eliminadas no primeiro dia, sendo que 264
foram por descumprimento das regras gerais do edital e nove por terem
algum equipamento identificado pelos detectores de metal. Em 2016, o
exame teve 3.942 eliminações ao final do primeiro dia e 4.780 no
segundo.
Não
foi identificado nenhum caso de candidato usando ponto eletrônico,
apenas uma pessoa que usava um fone de ouvido, que foi
desclassificada. “A própria divulgação de que estamos utilizando
equipamentos que identificam o uso de transmissores deve ter inibido
os malfeitores que tentam ir no caminho dessa fraude”, disse o
ministro da Educação, Mendonça Filho, em entrevista agora à
noite. Neste ano, pela primeira vez foram utilizados detectores de
ponto eletrônico.
O
Inep também identificou dois casos de pessoas que saíram do local
da prova antes do horário e também foram eliminadas. Um candidato
foi identificado com um cigarro de maconha no bolso, mas ele pôde
concluir a prova.
Duas
turmas não conseguiram concluir a prova por falta de energia, uma em
Teresina (PI) e outra em Uruaçu (GO). Esses alunos terão que
refazer a prova em dezembro e, segundo o Inep, não serão
prejudicados.
De
acordo com o instituto, o participante isento de pagamento da taxa de
inscrição do Enem 2017 que não compareceu às provas e deixar de
justificar essa ausência do sistema de inscrição do Enem 2018, por
meio de documento legal, perderá o direito a nova isenção.
Redação
O
ministro disse que a decisão do MEC de não recorrer da decisão
judicial que proibiu a atribuição de nota zero a redações que
desrespeitem os direitos humanos no Enem foi para dar tranqüilidade
aos candidatos. “A nossa preocupação foi assegurar a
tranquilidade, porque o próprio clima de discussão com relação a
que tese poderia prevalecer enseja dúvida na cabeça dos candidatos
e isso não é algo positivo. Então, não havia tempo para a
reversão do entendimento”, disse.
Segundo
Mendonça Filho, mesmo que haja uma decisão contrária, o que vai
valer para este ano é a decisão judicial em vigor. “Não há
sentido se ter uma decisão judicial e, se porventura caísse mais
adiante, retroagir para prejudicar as pessoas que tiveram o
entendimento deferido a partir de uma decisão judicial que é válida
e que nós respeitamos.”
Ontem
(5) foi o primeiro dia do Enem, com provas de redação, linguagens
(língua portuguesa e língua estrangeira) e ciências humanas
(geografia, história, filosofia, sociologia e conhecimentos gerais).
O segundo dia de provas será em 12 de novembro, com questões de
matemática e ciências da natureza.
Este
é o primeiro ano que o Enem é realizado em dois domingos
consecutivos. Até o ano passado, as provas eram realizadas em um
único fim de semana – sábado e domingo.
Fonte: Agência Brasil
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