Apesar
de os moradores já terem demonstrado de forma espontânea apoio ao
Projeto Volta Grande, de mineração industrial de ouro no
centro-oeste do Pará, o processo de licenciamento ambiental de tal
empreendimento segue suspenso, o que causa prejuízos às comunidades
do entorno e aos empresários da região.
A
licença de instalação (LI) do Projeto Volta Grande foi concedida,
em fevereiro passado, pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e
Sustentabilidade (SEMAS), e suspensa posteriormente por contestações
judiciais.
As
mudanças positivas são esperadas pelos moradores da Vila Ressaca,
como o ex-garimpeiro Adelmo Sampaio dos Santos, atualmente
agricultor:
E
a professora Cleolange Cardoso de Oliveira, integrante da etnia
Juruna:
É
próximo a esta vila, localizada no município de Senador José
Porfírio, o local onde está prevista a instalação do Projeto
Volta Grande. Essas expectativas estão baseadas no relacionamento
construído ao longo do processo de licenciamento ambiental, visando
estimular o fortalecimento do território.
Para
mudança do cenário social e econômico do centro-oeste do estado, a
construção e a operação do Projeto Volta Grande é uma grande
oportunidade. Antônio Aucimar de Sousa, comerciante da Vila Ressaca,
acredita que o empreendimento irá transformar a vida da sua família.
E
para Milton dos Reis Lima, a presença da Belo Sun Mineração na
região pode apoiar a solução de muitos problemas enfrentados na
Vila Ressaca. Assista aqui o que ele disse sobre o empreendimento.
Caso
a 6a Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) decida
pela continuidade do Projeto Volta Grande, em um futuro próximo, o
empreendimento contribuirá para o enfrentamento das dificuldades
atuais. Com a sua instalação, haverá alternativa econômica e
social às atividades ilegais que por tantos anos assolam a região,
inclusive pelo garimpo ilegal e extração ilegal de madeira, bem
como agropecuária extensiva de baixa tecnologia, em grandes
quantidades de terra. A região do empreendimento já está bastante
impactada por tais iniciativas, inclusive degradada ambientalmente.
Tais atividades também não propiciam uma fiscalização do Estado,
nem uma ação de reestruturação social da população local.
O
Projeto Volta Grande
É
um empreendimento da Belo Sun Mineração planejado para se tornar o
precursor da indústria mineral no centro-oeste do estado. Quando
começar a operar, será o quinto maior empreendimento de mineração
de ouro do Brasil. Para instalá-lo, a empresa investirá R$1,22
bilhão. A produção média anual será de cinco toneladas de ouro.
Considerando
os salários, custos gerais, despesas, tributos, royalties, entre
outros, o Projeto Volta Grande injetará mais de R$ 1 milhão por dia
na economia da região, quando estiver operando.
Capacitação
de moradores é o primeiro passo
Ao
contrário do que é vivenciado como fonte de renda na região,
sobretudo a exploração madeireira e o garimpo ilegal, a Belo Sun
Mineração tem investido na qualificação de trabalhadores, uma
prática prioritária da indústria mineral antes de atuar em um
território. Na fase de pré-instalação do Projeto Volta Grande,
entre 2013 e 2015, cerca de 280 pessoas participaram de 27 tipos de
cursos distintos, focados na diversificação e fortalecimento da
economia local, que representaram um investimento de cerca de R$ 800
mil.
Um
dos beneficiados do Programa de Educação e Capacitação de Mão de
Obra do Projeto Volta Grande foi o jovem Isaac Lima Mendes, de 22
anos, morador da Vila Ressaca. Em 2014, ele participou de dois cursos
realizados pela Belo Sun Mineração, por meio de parceria com o
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), no Centro de
Treinamento mantido pela empresa na própria comunidade. “Fiz o
curso de padeiro e confeiteiro, e ainda o curso de gestão ambiental.
A Belo Sun Mineração contribuiu muito comigo me oferecendo esses
cursos. Hoje, trabalho como gerente de um bar”, contou o jovem.
Saiba
mais sobre o Projeto Volta Grande
A empresa também estabeleceu um compromisso com a valorização da mão de obra local, priorizando a admissão de pessoas de Senador José Porfírio e região. Hoje, elas representam cerca de 80% dos funcionários. A perspectiva é que 30% da mão de obra futura do empreendimento seja da região. Desde a suspensão da licença de instalação, um número estimado entre 800 e 1.100 pessoas poderiam estar qualificadas e contratadas. Durante o período de espera da liberação dessa autorização, essas pessoas possivelmente estão dedicadas a atividades de menor qualificação e, consequentemente, menor renda. E mais de 600 pessoas da região já poderiam ter recebido a capacitação necessária para participar do Projeto Volta Grande. Além disso, esse conhecimento poderia ser usado, inclusive, em outras atividades como foi o caso de Isaac.
A empresa também estabeleceu um compromisso com a valorização da mão de obra local, priorizando a admissão de pessoas de Senador José Porfírio e região. Hoje, elas representam cerca de 80% dos funcionários. A perspectiva é que 30% da mão de obra futura do empreendimento seja da região. Desde a suspensão da licença de instalação, um número estimado entre 800 e 1.100 pessoas poderiam estar qualificadas e contratadas. Durante o período de espera da liberação dessa autorização, essas pessoas possivelmente estão dedicadas a atividades de menor qualificação e, consequentemente, menor renda. E mais de 600 pessoas da região já poderiam ter recebido a capacitação necessária para participar do Projeto Volta Grande. Além disso, esse conhecimento poderia ser usado, inclusive, em outras atividades como foi o caso de Isaac.
Segundo
Rodrigo Costa, diretor de Operações da Belo Sun Mineração, o
êxito da implantação e operação do Projeto Volta Grande está
condicionado à sua capacidade de incluir trabalhadores e
comerciantes locais em sua dinâmica de trabalho. “Programas como
os de Capacitação de Mão de obra e Fomento aos Desenvolvimento
Local, apresentados pela Belo Sun e já aprovados pela SEMAS, visam
exatamente habilitar o território para absorver e responder às
demandas geradas pela dinamização da economia que o empreendimento
proporciona”, explicou.
A
empresa apoiará ainda o fortalecimento das potencialidades já
instaladas na área de influência do Projeto Volta Grande, com
destaque às cadeias produtivas, como a crescente produção
cacaueira e o ecoturismo enriquecido pelo Rio Xingu e pela
diversidade étnica e cultural. Ativados pela articulação de atores
institucionais e da sociedade civil, essas atividades serão capazes
de potencializar o ciclo virtuoso de desenvolvimento proposto pela
industrial mineral de ouro com a geração de emprego, renda e
impostos.
Fonte:
DOL
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