As portas da propriedade rural do
agricultor Erivaldo Rodrigues da Silva, localizada no município de Anapu, no
estado do Pará, se abriram na terça-feira, 13 de março, para receber as mais de
100 pessoas que participaram do Plantio de Árvores em Áreas de Preservação
Ambiental, fruto da compensação de carbono do campeonato Copa Verde 2018.
“Estamos aqui hoje atuando por um
futuro sustentável. A Copa Verde trabalha com a educação ambiental, que deve
alcançar todos os aspectos da vida social”, afirmou o ministro do Meio
Ambiente, Sarney Filho.
Neste ano, quinta edição do
evento, serão plantadas 1,6 mil mudas de 14 espécies diferentes: açaí, pará,
buriti, taperebá, cupuaçu, cacau, urucum, coco de praia, banana, goiaba, ipê
amarelo, ipê roxo, cumaru, mogno brasileiro e ingá.
Para o presidente da Confederação
Brasileira de Futebol (CBF), Antônio Nunes, essa é uma parceria que dá bons
frutos. “Trabalhamos em defesa do meio ambiente, por meio do futebol. Estamos
juntos nessa”, afirmou.
Ao todo, 30 famílias estão envolvidas
no projeto e vão realizar a recuperação de suas APPs com a implantação de
sistemas agroflorestais. Além do benefício ambiental, o plantio promoverá a
produção de alimentos e outros produtos que poderá contribuir com a geração de
renda para as comunidades locais.
De acordo com o ministro Sarney
Filho, é importante fortalecer as pessoas que moram nas áreas rurais. “’É
preciso qualificar, melhorar a qualidade de vida e, para que isso aconteça, o
ecossistema precisa estar protegido. Defendo o desenvolvimento sustentável”,
disse.
PARTICIPAÇÃO
Além do ministro do Sarney Filho,
e do presidente da CBF, Antônio Nunes, participaram do plantio o prefeito do
município de Anapu (PA), Aelton Silva, a presidente do Fórum Estadual de
Secretários Municipais de Meio Ambiente do Estado do Pará, Zelma Campos, o
pesquisador sênior do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), Paulo
Moutinho, o diretor da Iniciativa Verde, Lucas Pereira, o representante da
Fundação Viver, Produzir e Preservar, João Batista, o tetracampeão mundial da
seleção brasileira de futebol Branco, agricultores rurais da região, entre
outros.
“É um prazer e uma honra
participar desse encontro. A gente deve cuidar do meio ambiente e estou aqui
para isso. O caminho é esse. Quero mostrar a minha história. Um menino do
interior que tinha um grande sonho e conquistou o mundo ao se tornar campeão
mundial”, disse o tetracampeão.
RESULTADOS
Na edição de 2017, o campeonato
evitou a emissão de 19 toneladas de carbono e gerou uma economia de 51,6 m³ de
água por meio da coleta de resíduos sólidos.
Além disso, destinou à reciclagem
2,57 toneladas de garrafas pet e compensou todo o carbono emitido pela
competição (265 toneladas de CO2) por meio do plantio de 1,4 mil mudas de
árvores, também na cidade de Anapu (PA), entre outras ações.
A COMPETIÇÃO
A Copa Verde é um campeonato de
futebol iniciado em 2014 e disputado por 18 equipes das regiões Norte e
Centro-Oeste e do estado do Espírito Santo.
A competição promove um conjunto
de ações sustentáveis, como a compensação das emissões de gases de efeito
estufa (GEE), a inclusão social dos catadores, a troca de materiais recicláveis
por ingressos, aulas de futebol para crianças em situação de vulnerabilidade,
além de um concurso de redação com temas ambientais para os alunos
participantes da 5ª Conferência Nacional Infantojuvenil de Meio Ambiente dos 11
estados integrantes da competição.
A ideia é alinhar a agenda
ambiental ao torneio de futebol, um dos esportes mais queridos pelos
brasileiros, influenciando assim outras competições. O campeão da Copa Verde é
classificado para as oitavas de final da Copa do Brasil.
PARCERIA
A ação, parceria entre o
Ministério do Meio Ambiente, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o
Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) e a Iniciativa Verde, é
realizada pelo Projeto Carbono Zero (Carbon Free), que promove a recuperação de
Áreas de Proteção Permanente (APP) em lotes da agricultura familiar.
O Programa Carbono Zero (Carbon
Free) foi desenvolvido pela Iniciativa Verde para que as emissões de gases de
efeito estufa (GEE) decorrentes de qualquer atividade humana, como produtos,
serviços, construções ou eventos sejam compensadas. As atividades emitem direta
ou indiretamente uma quantidade de gases que podem agravar o aquecimento
global.
Quem participa do programa recebe
o selo Carbon Free e um certificado com o número de árvores plantadas e a
quantidade de gases de efeito estufa compensada.
COMO FUNCIONA
As emissões de Gases de Efeito
Estufa (GEE) gerados em razão do evento são compensadas por meio do plantio de
árvores, combatendo assim o aquecimento global.
Com essa ação há também a
conservação da biodiversidade brasileira e a manutenção dos serviços ambientais
(conservação de recursos como a água, o solo e o clima), além de uma maior
conscientização da sociedade e uma mudança de comportamento no ambiente
corporativo, sensibilizando para a importância e necessidade de ações
sustentáveis.
Por: Marcela Saad (texto) e
Gilberto Soares (fotos), enviados especiais a Anapu (PA)
Ministério do Meio Ambiente
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