Paulo Sérgio foi morto na segunda-feira (12). O MPE chegou a solicitar proteção a ele, mas o pedido foi ignorado pelo Governo. (Foto: Divulgação) |
A
Polícia Civil ouviu, na manhã desta quarta-feira (14), na Delegacia
do Distrito de Vila dos Cabanos, o depoimento de uma testemunha sobre
a morte
do líder comunitário Paulo Sérgio Almeida Nascimento,
assassinado a tiros na última segunda-feira (12), em Barcarena,
nordeste paraense. Ele era representante da entidade que denunciava a
atuação da empresa Hydro no município e era ameaçado de morte.
Outros
três depoimentos - de amigos e colegas de trabalho da vítima -
estão programados para ocorrer ainda hoje.
Segundo
a Polícia Civil, os nomes das testemunhas serão preservados.
Na
terça-feira (13), os policiais
já haviam recebido oito testemunhas para prestar depoimento.
Os policiais também estiveram no local do crime para tentar recolher
pistas sobre o caso.
Paulo
era um dos representantes da Associação dos Caboclos, indígenas e
Quilombolas da Amazônia (CAINQUIAMA), que, desde de 2017, cobrava da
prefeitura de Barcarena explicação se a empresa Hydro possuía
autorização para construção das bacias de rejeito. Em janeiro
deste ano, o promotor de Justiça Militar Armando Brasil Teixeira
solicitou "garantias de vida aos representantes da referida
associação" diante das ameaças que estavam recebendo, mas o
pedido foi negado pelo então secretário de Segurança
Pública, Jeannot Jansen. Outro pedido foi protocolado
posteriormente, pelo advogado Isamel Moraes, mas também foi ignorado
pelo Governo.
O
advogado ainda informou que a principal testemunha do crime revelou
que policiais
militares podem ter acobertado a execução de Paulo Sérgio,
dando apoio aos executores.
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