Para tentar reverter o aumento do número de casos de dengue,
zika e chikungunya, o Ministério da Saúde antecipou para esta quinta-feira a
nova campanha publicitária contra o mosquito Aedes aegypti. Normalmente, a campanha começa em
novembro, início do verão e do aumento das chuvas em algumas regiões.
A campanha será veiculada nos meios de comunicação e nas ruas.
Para tentar sensibilizar a população, ela mostra pessoas que perderam
familiares para dengue; tiveram sequelas por causa da chikungunya; ou filhos
com microcefalia por causa da zika.
Nos primeiros oito meses do ano, o Brasil registrou mais de 1,4
milhão novos casos prováveis de dengue. O número é cerca de 600% maior que no
mesmo período do ano passado. Em São Paulo e no Paraná, o aumento em relação a
2018 ultrapassa os 3.500%. O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta,
argumenta que a circulação de vírus sorotipo 2 tem ampliado o número de casos.
“O vírus tipo 2 há muito tempo não circulava no nosso meio, e
ele reapareceu. Então tem muita gente sem imunidade, que nunca entrou em
contato com o sorotipo 2. Um número de pessoas enorme sem defesa. E quando isso
ocorre você tem um aumento muito grande de casos”.
Em números absolutos, os estados com mais casos prováveis de
dengue foram Minas Gerais e São Paulo, cada um com mais de 400 mil casos
registrados em 2019. As regiões Sul e Sudeste apresentaram os piores números e
apenas os estados do Amazonas e Amapá apresentaram queda no número de casos.
Ao todo, 591 pessoas morreram em 2019 por causa das complicações
geradas pela doença. É mais de 4 vezes o número de óbitos registrados no ano
passado. A chikungunya também registrou aumento de casos: 44% a mais do que nos
oito primeiros meses de 2018. No caso da zika, o aumento de casos chega a 47%.
Por: Lucas Pordeus León
Fonte: Radioagência Nacional
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