Brasil Novo Notícias: DIRETORA DE PRESÍDIO EM ALTAMIRA NEGA QUE TENHA SIDO AVISADA SOBRE MASSACRE

quinta-feira, 12 de setembro de 2019

DIRETORA DE PRESÍDIO EM ALTAMIRA NEGA QUE TENHA SIDO AVISADA SOBRE MASSACRE


As mensagens divulgadas nas redes sociais mostram uma conversa que seria entre a diretora do Centro Regional de Recuperação de Altamira – CRRA, e um agente prisional. Em uma das conversas o funcionário diz que tinha informação que uma das facções criminosas estaria planejando matar três detentos, dentre eles o Sandro do Rebojo, morto durante o massacre.
O alerta seria sobre os planos dos detentos de realizarem uma suposta rebelião que no dia 29 de agosto entraria para a história do sistema penitenciário do Pará. Esposa de um dos detentos que sobreviveram à chacina que resultou na morte de 58 presos, afirma que a ação teria sido muito bem organizada. “Fizemos uma manifestação, fomos lá para conversar com eles, pedir atenção dela e ela não deu. Essa manifestação foi antes, bem antes disso acontecer. A gente a avisou, chamamos ela. Pra gente ter acesso a ela foi através de um advogado, porque ela não atendeu nenhum de nós”, conta a mulher que pediu pra não ser identificada.
As conversas teriam acontecido dias antes do massacre, e mostram que a diretora foi avisada com antecedência e não teria tomado as providências necessárias para evitar o confronto, considerado, o segundo maior do Brasil.
Os detentos também escreveram bilhetes informando que a briga entre facções aconteceria no CRRA. Após a confirmação do massacre, a cúpula da Segurança Pública do Pará montou estratégias para identificar e punir os responsáveis. Imagens das câmeras de segurança da manhã daquela segunda-feira ajudaram nesse trabalho e identificaram 16 detentos como líderes da chacina, eles foram transferidos para presídios federais e mais 30 presos foram indiciados por terem participação no crime.
Durante o transporte a outras casas penais, 4 morreram no caminhão cela da Susipe. Denúncias de possíveis maus tratos foram feitas por familiares dos presos.
Na semana passada, a Polícia Civil deu cumprimento de mandados de prisões temporárias contra os dois agentes penitenciários que foram feitos reféns no dia do massacre. A operação eclusa apontou supostas falhas no procedimento dos servidores da Susipe, após serem transferidos à capital, a justiça concedeu liberdade a Willian Costa e a Diego Leonel. A defesa deles rebate as acusações feitas pelo estado.
Agora, com esse novo capitulo de possíveis alertas feitos dias antes da rebelião, familiares dos detentos mortos cobram por respostas.
Por telefone a diretora Patrícia Abucater rebateu as acusações e disse que não foi avisada sobre o massacre, já a Susipe respondeu os questionamentos.
Por: Paulo Henrique Oliveira

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