Pastor Milton Ribeiro é o novo ministro da Educação |
O presidente Jair
Bolsonaro anunciou nesta sexta-feira (10) por meio de uma rede
social o professor e pastor evangélico Milton Ribeiro como novo ministro da
Educação. Logo após o anúncio de Bolsonaro, a nomeação foi publicada em uma
edição extra do "Diário Oficial da União".
Ribeiro será o quarto ministro a comandar a
pasta em um ano e meio de governo Bolsonaro. Os antecessores são Ricardo Vélez Rodríguez, Abraham Weintraub e Carlos Alberto Decotelli.
O novo ministro da Educação é militar da
reserva do Exército e pastor da Igreja Presbiteriana de Santos.
Segundo o currículo na Plataforma Lattes,
mantida pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(CNPq), ele é graduado em teologia pelo Seminário Presbiteriano do Sul, doutor
em educação pela Universidade de São Paulo (USP) e mestre em direito
constitucional pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, instituição da qual é
ex-vice-reitor.
Desde maio de 2019, Ribeiro é membro da
Comissão de Ética Pública da Presidência da República — primeiro a ser nomeado
para o órgão por Bolsonaro.
No governo Bolsonaro, o MEC é uma das pastas
que mais sofrem a influência da ala ideológica do
governo, que segue o ideólogo Olavo de Carvalho. Abraham Weintraub foi o
principal representante dessa ala.
Mais cedo, antes do anúncio de Milton Ribeiro, Bolsonaro nomeou indicados por Weintraub para o
Conselho Nacional da Educação. Os nomes indicados por Weintraub,
quase todos aprovados por Bolsonaro, agradam a ala ideológica que apoia o
presidente. São perfis conservadores, do movimento Escola Sem Partido, nomes
próximos do escritor Olavo de Carvalho ou que defendem a ampliação do ensino a
distância, segundo informou o Blog da Ana Flor.
O último ministro a ocupar o posto foi Carlos
Alberto Decotelli, que ficou no cargo menos de uma semana e caiu após polêmicas envolvendo o currículo dele.
Decotelli chegou a ser nomeado, mas sequer tomou posse.
Desde então, chegaram a ser cotados para o MEC
o secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, que desistiu da indicação,
e o deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO), que,
segundo Bolsonaro, era um "reserva" para a hipótese de não encontrar
outro nome para a pasta.
Quando foi eleito presidente, em 2018,
Bolsonaro disse que o MEC passaria a priorizar um "ensino de
qualidade" para os jovens serem bons profissionais, "deixando de
lado" temas relacionados ao que ele costuma chamar de "ideologia de
gênero" e "ideologia voltada para o desgaste dos valores
familiares".
Para Bolsonaro, Paulo Freire é um "energúmeno".
Freire é considerado patrono da educação brasileira e
autor do único livro brasileiro a aparecer na lista dos 100 títulos mais pedidos pelas universidades de
língua inglesa consideradas pelo projeto Open Syllabus.
Fonte:G1
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