Com estrutura suficiente para
realizar 1.400 sessões de hemodiálise/mês e capacidade para atender cerca de
100 pacientes - além do acompanhamento dos pacientes crônicos e
agudos e dos que se encontram na Unidade de Terapia
Intensiva -, o Hospital Regional Público da Transamazônica, em
Altamira, inaugurado em 2007, é o único da região sudoeste do
Pará que oferece o serviço de nefrologia, especialidade médica dedicada
ao diagnóstico e tratamento clínico das doenças do sistema urinário,
principalmente relacionadas ao rim.
De acordo com o
nefrologista Eduardo Anjos, também responsável pelo setor do hospital, a
demanda - 100% originária do SUS - não é só do município de Altamira. “Atendemos
pacientes de toda a região. Além de Altamira, Brasil Novo, Medicilândia,
Uruará, Placas, Vitória do Xingu, Anapu, Pacajá, Senador José Porfírio e
Porto de Moz são alguns dos municípios que encaminham pacientes”, explicou.
Segundo a Sociedade Brasileira de
Nefrologia, 12 milhões de brasileiros sofrem de algum tipo de mal nos
rins, como cálculos, inflamações e infecções. Moradora de Altamira,
Maria Olinda fazia o tratamento de hemodiálise em Belém. Com a
chegada do Hospital Regional foi transferida e voltou para sua cidade. “Em
Belém era bem tratada, mas aqui é minha terra", comemora. "Faço o
tratamento aqui desde 2008 e não tenho do que reclamar: a equipe é
superatenciosa, os médicos, técnicos e enfermeiros nos tratam muito bem. Só
tenho a agradecer". Maria conta que também já foi operada no hospital.
Arnaldo do Vale sofria
de pressão alta e diabetes quando descobriu o problema. Ele também
fazia acompanhamento fora de Altamira. Para ele, o hospital melhorou muito a
vida dos pacientes. "Não tenho nenhuma reclamação: faço três sessões por
semana e às vezes até mais, quando preciso”, disse ele.
O nefrologista destacou, ainda,
que todos os equipamentos de hemodiálise e seus respectivos insumos são únicos
na região. “Apenas o HRPT tem um serviço de nefrologia na região, por isso toda
a demanda é nossa. Os pacientes contam ainda com uma equipe multidisciplinar
composta por psicólogo, assistente social, enfermeiro e nutricionista, que
oferecem todo o apoio necessário”, afirmou. O hospital também disponibiliza transporte
gratuito aos pacientes de ida e volta para casa, nos dias de
tratamento.
O médico explica que os
pacientes de hemodiálise crônica fazem o tratamento três vezes na semana, por 4
horas, sendo o mais antigo ainda de 2007. "Temos pacientes
provenientes de outras clínicas de hemodiálise que fazem o tratamento há mais
de 10 anos", acrescentou. "O paciente recebe acompanhamento
pelo tempo que for necessário”.
O serviço do Hospital
Regional Público da Transamazônica é referenciado, ou seja, o paciente
precisa ser encaminhado por uma unidade de atendimento básico para que seu
atendimento seja realizado.
As informações são
da Agência Pará de Notícias
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