Brasil Novo Notícias: Motociclistas iniciam expedição pela Amazônia

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Motociclistas iniciam expedição pela Amazônia


Na quinta-feira, dia 19 de Dezembro os cotriguaçuenses Gezos Francisco Martins e Mauro Luis Zanovello iniciaram uma expedição de moto pela Amazônia Brasileira, saindo de Cotriguaçu – MT e passando por lugares com histórias interessantes, que despertam a curiosidade de muitas pessoas.

Segundo Zanovello, a idéia é cumprir o roteiro em duas etapas, sendo a primeira, seguindo de Cotriguaçu no Estado do Mato Grosso, para Altamira no Estado do Pará passando pela MT 470, MT 208, BR 163 (Cuiabá/Santarém) e finalmente a tão falada Rodovia Transamazônica (BR 230).

No caminho, passarão por Novo Progresso, no Sudoeste do Estado do Pará, onde está situada a Base Aérea do Cachimbo, que os Pilotos Americanos, pousaram o Jato Legacy que a pouco havia se chocado em pleno ar com um Boeing da Gol em 2006, que fazia o vôo de Manaus para Brasília.

Seguindo pela BR 163, no sentido Sul/Norte, alcançará a Rodovia Transamazônica, seguindo então na direção Oeste/Leste. Finalizarão a primeira etapa, com a chegada, na margem esquerda do baixo curso do Rio Xingu, na cidade de Altamira, o maior município do Brasil, em extensão territorial. Altamira já foi palco de acontecimentos de repercussão internacional, como a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, a maior Hidrelétrica 100% brasileira e terceira maior do Mundo. A construção da usina expulsou de suas terras, índios, Ribeirinhos e Populações Locais, gerando enormes conflitos sociais e ambientais, que repercutiram nos meios de comunicação do Brasil e do exterior.

Na segunda etapa, viajando pela Transamazônica, saindo de Altamira, às margens do Xingu, até Apuí no Amazonas, às margens do Rio Aripuanã, atravessarão toda a Bacia Hidrográfica do Rio Tapajós, onde correm juntas as águas do Juruena e do Teles Pires.

O último compromisso no Estado do Pará é a passagem por um capítulo importante da história da borracha, o vilarejo conhecido como Fordlandia no Município de Aveiro. Fordlandia foi o nome dado a uma Gleba de Terra de cerca de 1 milhões de há, adquirida pelo Empresário Norte Americano Henry Ford, através de sua empresa, a Companhia Ford do Brasil, em 1927 no estado do Pará, com objetivo de abastecer sua empresa de látex necessário à confecção de pneus para seus automóveis; A terra infértil, montanhosa e pedregosa, pragas e a falta de conhecimento dos Americanos sobre agricultura tropical e a descoberta de novas tecnologias para produção de pneus a partir de derivados de petróleo, tornou o empreendimento um total desastre.

Hoje, as instalações se encontram abandonadas e sofrem saques e desmanches constantes enquanto aguardam o tombamento pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

Seguindo pela Transamazônica, chegará ao município de Apuí, no Estado do Amazonas, passando então para a Rodovia do Estanho, que liga a Rodovia Transamazônica à MT 208 no Mato Grosso seguindo para a RO 133 e BR 364 chegando em Ji-Paraná, no Estado de Rondônia e finalmente, fazendo o retorno, passando por Colniza MT, fecharão o roteiro em Cotriguaçu – MT.

No Apuí/AM e em Colniza/MT se encontra o Rio Roosevelt, que foi batizado com este nome em homenagem ao ex-presidente (1901-1908) Americano Theodore Roosevelt, que após a derrota pela casa Branca em 1912, fez a Expedição Científica Rondon-Roosevelt, comandada pelo Marechal Cândido Rondon, em 1913-1914.

Após cumprir todo o roteiro, Gezos diz que a dupla terá percorrido mais de 4 mil km de estradas de 4 Estados diferentes e contornado uma série de diferentes categorias de Unidades de Conservação e Terras Indígenas, que compõe uma das maiores extensões de florestas protegidas do Mundo, o Mozaico de Áreas Protegidas da Amazônia que forma o Corredor Ecológico da Amazônia Meridional, de cerca de 50 milhões de hectares.

Martins, que já tem certa experiência em viagens pela Amazônia, pontua que o maior desafio será o caminho entre Itaituba, no estado do Pará, até Jacareacanga, no mesmo estado; serão cerca de 350 km de estrada no meio da floresta amazônica, sem nenhuma cidade; outro desafio será as estradas, que nesse período do ano, se encontram em péssimas condições, devido às chuvas. Apesar de todas essas dificuldades, os dois são unânimes em dizer, que são os desafios que os motivam, que os obstáculos foram feitos para serem superados e que todas as pessoas devem conhecer seus próprios limites.

Com informações Top News

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