BRASIL NOVO NOTÍCIA: PF confirma cancelamento de sorteio do 'Carimbó dá Sorte' no Pará

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

PF confirma cancelamento de sorteio do 'Carimbó dá Sorte' no Pará

Segundo a Polícia Federal, empresa deve recolher cartelas das ruas. Esquema ilegal movimentou cerca de R$ 1 bilhão em sonegações fiscais.

A Polícia Federal confirmou o cancelamento do sorteio do título de capitalização do "Carimbó dá Sorte", que seria realizado no próximo domingo (16), em Belém. A PF investiga a ligação do título com um esquema criminoso que seria comandado pela empresa Pernambuco dá Sorte, de Recife, e nesta quarta-feira (12) foram cumpridos dois mandados de prisão e outros três de busca e apreensão de documentos na sede da empresa Capemisa, que responde pelo "Carimbó da Sorte". Segundo a PF, os responsáveis deverão recolher todas as cartelas do título que já estão nas ruas, além de suspender a distribuição e as vendas de todo o material. A Capemisa afirma que está colaborando com as investigações.
Segundo a PF, o esquema ilegal movimentou cerca de R$ 1 bilhão em sonegações fiscais. Dois homens presos na capital paraense seriam gerentes da empresa. Ambos foram encaminhados à sede do órgão para prestar depoimento e devem ser indiciados por crimes contra o sistema financeiro. Também devem ser levados para perícia os documentos, computadores e livros com a movimentação financeira do negócio.

A Capemisa emitiu nota nesta quarta, informando que está em fase de incorporação da Aplub Capitalização, emissora de parte dos títulos de capitalização objeto de investigação da Polícia Federal. Segundo a Capemisa, a Aplub mantinha contrato com distribuidores e investidores, que são os responsáveis pela comercialização dos produtos que estão sendo investigados.
Operação
Além de Pernambuco, a operação da Polícia Federal contra crimes nfinanceiros realiza investigações no Rio Grande do Sul, Alagoas, Amazonas, Goiás, Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba, Espírito Santo, Pará, Piauí e Minas Gerais. De acordo com o delegado da Polícia Federal no Pará, Uálame Machado, existe a possibilidade que a Capemisa não esteja envolvida com as fraudes. "Outra empresa seria responsável pela operação. A Capemisa se apresentou como responsável pelo título de capitalização. O título não é fraudulento, a fraude é o que é feito com o dinheiro. Então a Capemisa não responderia pela venda desse título", explica.

Ainda segundo a polícia, a empresa estaria registrada como título de capitalização e deveria devolver os valores pagos pelos compradores. A empresa dizia ainda que fazia a doação total do dinheiro a um projeto de preservação ambiental, mas as investigações da polícia revelaram que esse dinheiro não era repassado totalmente, o que caracterizaria jogo de azar. O site da empresa Carimbó dá Sorte não está disponível para acesso nesta quarta-feira.
Fonte: G1/PA

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