Os servidores públicos reagiram mal ao remédio amargo
anunciado por Jatene. Se, por um lado,
entendem que as medidas são resultado de problemas na gestão dos recursos
públicos, por outro entendem que o anúncio é uma espécie de “vacina” contra as
pressões que os funcionários públicos começam a fazer por reajustes salariais,
já que abril e maio são data bases (período de negociação) para a maioria das
categorias de servidores públicos do Estado.
E o Governo ainda não
deu qualquer sinalização de que irá pagar o reajuste do mínimo ou o novo piso
salarial dos professores.
“Entendemos que o anúncio, neste momento, é uma forma de preparar o
cenário para nos dizer que não pagará”, diz a coordenadora do Sindicato dos
Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp), Conceição Holanda.
LEI
Por enquanto, a
avaliação das medidas tem sido feita com cautela. Mas na próxima quarta-feira,
os servidores fazem um primeiro ato unificado para dar início à fase de
negociação. A expectativa é de que, na quinta-feira (7), o Governo receba os
sindicatos para uma reunião de negociação.
Caso não haja acordo, os
servidores não descartam uma greve que pode atingir serviços públicos
essenciais, como os delegados de Polícia que reivindicam cumprimento da lei
complementar 094/2014, referente ao reajuste da categoria. Eles alegam que
querem apenas o cumprimento de uma lei e que os recursos já estavam previstos
no orçamento de 2016. Por isso acreditam que as novas medidas não devem
atingi-los.
Para o deputado Carlos
Bordalo (PT), o governo poderia reduzir gastos com pessoal poupando os servidores
e promovendo cortes nos assessores especiais. “Jatene criou um mecanismo
engenhoso, limitando o contrato de assessores especiais pela governadoria, mas
as secretarias estão inchadas”, diz.
Fonte: Diário do Pará
Nenhum comentário:
Postar um comentário