O cumprimento de
94,01% da meta de assistência técnica às famílias produtoras de cacau
programada para 2015 no Pará levou o conselho gestor do Fundo de
Desenvolvimento da Cacauicultura no Estado (Funcacau) a discutir um plano
de ampliação do serviço a partir deste ano. A meta não atingiu 100% em função
do esgotamento dos escritórios locais de extensão rural, segundo avaliação dos
técnicos da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap).
Um
grupo de trabalho formado por técnicos da Sedap, Comissão Executiva do Plano da
Lavoura Cacaueira (Ceplac), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e
Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) vai elaborar uma
proposta de intensificação do atendimento para ser discutida na reunião
extraordinária do conselho gestor do Funcacau, no dia 9 de agosto. O plano é
para garantir a execução do Programa de Desenvolvimento da Cacauicultura no
Pará (Prodecacau) e será executado a partir de setembro para atender 1.500
famílias nas regiões produtoras até 2019, de acordo com projeto já existente na
Emater.
A
decisão foi tomada nesta terça-feira, 28, durante reunião do conselho gestor do
Funcacau, presidido pelo secretário Hildegardo Nunes, na Sedap. Os conselheiros
consideraram satisfatórios os resultados do Prodecacau em 2015, quando foram
produzidas mais de 15 milhões de sementes híbridas de cacau para atendimento
dos produtores. A expansão da área cultivada foi de 38%, a menor taxa desde que
o programa foi implantado, em 2011. Em compensação, a renda circulante cresceu
146% em decorrência da elevação do preço do cacau no mercado.
Nas
ações para 2016, além do maior investimento na área de assistência técnica, a
defesa sanitária também terá o reforço da capacitação de técnicos para
identificação e controle da monilíase, doença do cacau que ainda não entrou no
Pará. Na área da agroindústria, destaque para o incentivo à produção
artesanal com a criação de uma linha de processamento de pequena escala. A
participação de produtores em eventos nacionais e internacionais é uma
estratégia para estimular a capacitação, o desenvolvimento tecnológico, a
melhoria das amêndoas e a verticalização da produção, especialmente do
chocolate Premium, atual foco do Prodecacau.
Nos
últimos cinco anos, a produção paraense de cacau cresceu de 68.400 para 105.835
toneladas, concentrando 42% da produção brasileira. A taxa média de crescimento
anual é de 13% e a produtividade é de 903 quilos por hectare, a maior do mundo.
Hoje o Pará é o segundo maior produtor brasileiro, mas a meta do Prodecacau é
posicionar o estado em primeiro lugar no hanking nacional até 2023, meta que
poderá ser antecipada, segundo previsão do superintendente da Ceplac, Jay
Wallace.
Por:
Leni Sampaio
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