O PRESIDENTE DA REPÚBLICA EM EXERCÍCIO,MICHEL TEMER, REALIZA PRONUNCIAMENTONO PALÁCIO DO PLANALTO, EM BRASÍLIA (DF) - 06/06/16 |
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e governadores fecharam
acordo nesta segunda-feira sobre a renegociação da dívida dos Estados com a
União. O acerto prevê que os entes não façam nenhum desembolso por seis meses,
afirmou o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB).
Segundo
ele, os Estados voltarão a pagar suas parcelas da dívida em janeiro, de forma
escalonada. Meirelles esteve reunido nesta tarde com diversos governadores para
tratar sobre o tema.
"Teremos
uma carência no pagamento da dívida de seis meses. A carência total. Depois,
nós teremos a partir de janeiro uma redução proporcional em dezoito
meses", afirmou Rollemberg a jornalistas, acrescentando que a parte da
dívida que foi judicializada será paga pelos Estados em 24 meses.
Durante
a reunião com governadores no Palácio do Planalto, o presidente da República
interino, Michel Temer, confirmou, o acordo, pelo Twitter. A partir de janeiro,
os Estados vão pagar equencialmente 5,5% do total da dívida por mês.
"Nós
todos sabemos que há dificuldades extraordinárias nos Estados da federação
brasileira", disse Temer. "Nós estamos fazendo isso em uma situação
emergencial." Segundo o presidente interino, o governo também postergou
por mais vinte anos o prazo para quitar as dívidas negociadas em 1997.
Os Estados que não fizerem pagamentos por liminares na Justiça vão
passar a quitar as parcelas apenas a partir de julho do ano que vem, em até 24
vezes. Temer afirmou também que o BNDES vai alongar, por mais dez anos, cinco
linhas de crédito aos Estados.
Em
princípio, os governadores queriam carência total por dois anos, enquanto o Tesouro havia
proposto pagamento da dívida de 100% até julho e, a partir daí, cairia a cada
bimestre até chegar a 40% em julho de 2017, patamar que ficaria congelado até
dezembro daquele ano. A partir daí, voltaria a cair até zerar a carência em
2018.
Limite de gastos -
Temer também afirmou que vai inserir na Proposta de Emenda Constitucional (PEC)
que enviou ao Congresso um projeto para limitar o gasto público dos Estados, a
exemplo do que pretende fazer com o Orçamento da União, que poderá ser limitado
ao gasto do ano anterior corrigido pela inflação.
"Isso
vai fazer, penso eu, com que os senhores também cuidem de nos ajudar a aprovar
essa PEC aqui no Congresso Nacional, mas igualmente nos Estados tomarão as
providências administrativas e legislativas que se fizerem necessárias para
complementar esta PEC", disse o presidente.
"Isso
vai fazer, penso eu, com que os senhores também cuidem de nos ajudar a aprovar
essa PEC aqui no Congresso Nacional, mas igualmente nos Estados tomarão as
providências administrativas e legislativas que se fizerem necessárias para
complementar esta PEC", disse o presidente.
(Com Reuters)
Fonte: MSN/Veja.Com
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