Após nove dias em Altamira realizando uma série de manifestações, índios
de sete etnias da volta grande e médio Xingu
estiveram em reunião na tarde desta quinta-feira (26) com representantes
de vários órgãos de proteção aos indígenas, como o chefe do escritório do
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, Ibama
Altamira, o presidente da Fundação Nacional dos Índios, FUNAI, Secretaria
Especial de Saúde Indígena, SESAI, Norte Energia e Ministério Público Federal
que mediou a conversa. A reunião aconteceu no auditório do centro de convenções
e cursos do município. Dez lideranças indígenas foram ouvidas. Dentre as
principais questões está o descumprimento de itens do Plano Básico Ambiental, o
PBA, como construção de postos de saúde e entrega de medicamentos.
Outro problema é a atividade produtiva das
comunidades, já que os índios viviam da pesca e após a construção da usina
hidrelétrica eles encontram dificuldades para se manter da atividade.
Após os líderes indígenas exporem os problemas
enfrentados pelos povos, a procuradora do Ministério Público Federal Thais
Santi, fez algumas recomendações e acordos com os órgãos presentes e
diretamente ligados aos índios.
A FUNAI se comprometeu a analisar os problemas e
fiscalizar a atividade produtiva das comunidades indígenas. O órgão levará as
questões expostas também para uma reunião na Casa Civil que acontecerá na
segunda-feira (26). A fundação irá fazer um cronograma de inclusão e
desinclusão das aldeias. Até a próxima quinta-feira (02), a Norte Energia se
comprometeu em apresentar um cronograma de um plano de vigilância das áreas do
médio Xingu e da volta grande do Xingu, já que são os próprios índios que
realizam este trabalho, além de organizar o termo de doação e entrega dos
locais de assentamentos. A empresa também irá realizar até março um seminário
para discutir os trabalhos nas aldeias, como o Plano Básico Ambiental e
atividade produtiva.
Reportagem: Paulo Oliveira
Fonte:
Vale do Xingu
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