O governo do Pará
decidiu pedir a ajuda da Força Nacional de Segurança Pública para esclarecer
uma série de homicídios registrados após o assassinato de um policial militar,
na manhã da última sexta-feira (20), em Belém (PA).
Segundo a Secretaria
Estadual de Segurança Pública e Defesa Social, pelo menos 35 pessoas foram
mortas entre o começo da noite de sexta-feira e a manhã de ontem (23). Além do
número de ocorrências estar bem acima da média, 25 das recentes vítimas parecem
ter sido executadas. Os crimes ocorreram em 16 bairros da Região Metropolitana
de Belém.
De acordo com a
secretaria estadual, o pedido de auxílio não envolve agentes para reforçar o
policiamento ostensivo, mas apenas equipes de inteligência que apoiem as forças
locais a esclarecer se os crimes têm ligações entre si e para identificar os
envolvidos.
A expectativa do
governo paraense é enviar o pedido oficial ao Ministério da Justiça ainda hoje
(24) e obter uma resposta o mais rápido possível a fim de apressar as
investigações. O governador Simão Jatene conversou com o ministro da Justiça,
Alexande de Moraes, durante o final de semana. E, ontem, o secretário estadual
de Segurança Pública e Defesa Social, Jeannot Jansen, falou com o secretário
Nacional de Segurança Pública, Celso Perioli, para acertar os detalhes sobre a
cooperação nas investigações antes do governo estadual formalizar o pedido.
O soldado da Ronda
Tática Metropolitana (Rotam) Rafael da Silva Costa foi baleado na cabeça ao
trocar tiros com suspeitos de cometer um assalto, na manhã de sexta-feira.
Costa chegou a ser levado para o Hospital Metropolitano, mas não resistiu aos
ferimentos, falecendo horas depois. Após a confirmação da morte do policial,
surgiram as primeiras vítimas fatais do que as próprias autoridades de
segurança pública encaram como uma onda de crimes que pode ter sido motivada
por vingança à morte de Costa.
Na tarde de
sexta-feira, as secretarias estaduais de Segurança Pública e Defesa Social
instalaram um gabinete de gerenciamento de crise, responsável por acompanhar e
monitorar os acontecimentos.
A seccional da Ordem
dos Advogados cobrou empenho e agilidade nas investigações das mortes.
“Reiteramos a necessidade de investigação célere dos casos, bem como uma
postura do Estado em dirimir conflitos e as violações ocorridas nesta
tragédia.”
Fonte: Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário