Trabalhar
na área da saúde é ter a responsabilidade de zelar pelo bem maior
das pessoas: a vida. Proporcionar um atendimento completo e de
qualidade deve ser a missão de cada profissional e de cada
instituição. Mas, para isso, faz-se necessário, além de tratar a
doença, oferecer apoio social e psicológico para compreender os
medos e anseios dos pacientes. Por isso, a humanização dos
serviços tem sido discutida cada vez mais como um processo de
construção da ética nas relações entre as pessoas. Focado nessa
atenção ao cuidado no atendimento aos usuários, o Hospital
Regional Público da Transamazônica (HRPT), em Altamira (PA),
realizou a palestra “Humanização na Medicina – cuidados em
saúde”.
Sob
os olhares atentos de 60 alunos da primeira turma de medicina da
Universidade Federal do Pará (UFPA), a diretora Assistencial do
HRPT, Luciane Madruga, abordou temas como cuidados com as diferenças
individuais, saber ouvir, diálogo, respeito e dedicação, entre
outras práticas de humanização disseminadas entre os colaboradores
do hospital. Além disso, o Grupo de Trabalho de Humanização (GTH)
da unidade levou para o auditório da UFPA uma encenação que
debateu o dia a dia dos profissionais da saúde e sua relação com
os usuários.
Na
avaliação de Luciane, a palestra foi positiva e tem papel
determinante para ajudar a melhorar o atendimento nos hospitais: “A
cultura da humanização mudou a forma como os usuários são
acolhidos no HRTP’, disse ela sobre o hospital público,
que é gerido pela Pró-Saúde Associação Beneficente de
Assistência Social e Hospitalar, sob contrato de gestão com a
Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).
De
acordo com o professor da turma, o cardiologista Antônio Pantoja, o
momento estimulou a autocrítica dos futuros médicos e buscou
sensibilizá-los para a necessidade de melhoria no atendimento e
tratamento ao próximo. “É fundamental colocarmos para nossos
alunos a importância de sermos médicos humanos, e a diferença que
isso faz na vida deles e no atendimento à população. Como queremos
formar profissionais humanos, era mais do que justo que trouxéssemos
uma equipe que administrasse um hospital com excelência”, avaliou
Pantoja.
Para
a estudante Débora Leão, aprender a lidar com os usuários de forma
mais empática foi um dos grandes diferenciais da palestra: “Com o
tempo, vamos ficando desestimulados. Os processos se tornam
mecânicos. Então, compreender melhor sobre humanização, agora no
início do curso, é fundamental. Me senti muito satisfeita”,
ressaltou.
‘A
partir das ideias debatidas aqui, saímos com a consciência de que
podemos melhorar ainda mais esse quadro. A semente foi lançada. Os
alunos demonstraram interesse em aprender e proporcionar um
atendimento cada vez melhor”, comemorou Luciane.
Por:
Priscila Mello
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