O
diretor-substituto da Ceplac, Edmir Ferraz, afirmou, em audiência
pública na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e
Desenvolvimento Rural nesta terça-feira (23), que é possível
aumentar a produção de cacau no Brasil em curto prazo. Segundo ele,
há perspectiva de crescimento da demanda mundial do produto e de
aumento de preços em até 60% no mercado internacional.
O
diretor-executivo da Associação Nacional das Indústrias
Processadoras de Cacau, Eduardo Brito Bastos, também acredita que há
potencial de aumento de exportações, por conta do aumento da
demanda externa. O desafio, segundo ele, é dobrar a produção
nacional em 10 anos. Bastos observou que o Brasil hoje não atende
nem mesmo à demanda interna, por conta da safra insuficiente.
Hoje
o Brasil, que já foi o segundo maior produtor do mundo, ocupa a
sétima posição na produção mundial de cacau – atrás da Costa
do Marfim, Gana, Camarões, Nigéria, Indonésia e Equador.
“Precisamos sair dessa posição e produzir mais”, afirmou.
Para
Eduardo Bastos, o foco, ao se planejar a revitalização da Ceplac,
deve ser o produtor.
Já
o diretor-substituto da comissão ressaltou que o órgão cuida não
apenas do produto cacau, mas do desenvolvimento rural das regiões
produtoras de cacau do Brasil, como Bahia e Pará.
O
vice-presidente da Associação Nacional dos Técnicos de
Fiscalização Federal Agropecuária, José Bezerra, também destacou
o resultado do trabalho da comissão, que, nas décadas de 60, 70 e
80, gerou aumento da produção nacional em 310%.
Desde
a década de 90, o trabalho da entidade incluiu o desenvolvimento de
biofungicidas e de cacau fino e orgânico, além da incubação de
pequenas indústrias de chocolate com alto teor de cacau e o apoio
tecnológico à diversificação da base produtiva.
Fonte:
Agência Câmara
Nenhum comentário:
Postar um comentário