O
Governo do Estado enviou para o município de Pau D’Arco, no
sudeste paraense, uma equipe do Comando de Missões Especiais da
Polícia Militar e policiais civis de Belém, incluindo a
Corregedoria das Polícias Civil e Militar, para intensificar as
investigações e reforçar a segurança na região da Fazenda Santa
Lúcia, a 60 quilômetros de Redenção. Na manhã de quarta-feira
(24), ao tentar cumprir 16 mandados judiciais (prisão preventiva,
temporária e buscas e apreensões), policiais foram recebidos a
tiros por um grupo fortemente armado e que já vinha sendo
investigado por diversas ocorrências. No confronto com a polícia,
nove homens e uma mulher foram mortos.
O
secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, coronel
Jeannot Jansen, o coronel Hilton Benigno, comandante da Policia
Militar, o delegado João Bosco Rodrigues, diretor de Polícia do
Interior, e o secretário de Estado de Justiça e Direitos Humanos,
Michel Durans, concederam entrevista coletiva, na tarde desta
quarta-feira, para explicar os procedimentos que o Sistema de
Segurança Publica está tomando em relação ao caso. O inquérito
será presidido pelo Departamento de Investigações Especiais da
Polícia Civil.
Segundo
o delegado João Bosco, foram apreendidas onze armas de grosso
calibre, incluindo um fuzil 762 e uma pistola Glock modelo G25.
Ainda
não foram confirmados os nomes dos mortos. O Centro de Perícias
Renato Chaves está auxiliando na identificação dos corpos e
encaminhamento para os procedimentos de necropsia para em seguida
liberá-los aos familiares. Os armamentos apreendidos também serão
submetidos à perícia.
O
secretário adjunto de inteligência da Segup, Rogério Moraes,
informou que a Polícia recebeu a denúncia de que no dia 23 de abril
um funcionário da fazenda e familiares do proprietário também
foram vítimas de tentativa de homicídio em ações atribuídas ao
referido grupo, conforme consta em investigação.
“Os
mandados de prisão foram emitidos justamente por conta de
investigação sobre homicídio que vitimou um segurança da empresa
Elmo, que fazia a segurança da propriedade, ocorrido no dia 30 de
abril”, explicou.
Na
última sexta-feira (19), o grupo teria sido responsável também por
nova investida contra os seguranças da fazenda, ateando fogo nas
dependências da sede e intimidando os funcionários, fazendo com que
abandonassem seus postos.
“Seria
prematuro qualquer conclusão sobre a operação antes que se
concluam as investigações e perícias a cargo da Polícia Civil”,
afirmou o secretário Jeanot Jansen.
Por: Márcio Flexa
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