No
final da tarde desta terça-feira, 23, um trabalhador autônomo da
cidade de Uruará, sudoeste do Pará, passou por momentos de aflição
ao atender o telefone. Dalcy Lima da Silva, 48 anos, que trabalha
como eletricista, prestava serviço para uma clínica médica da
cidade quando o seu celular tocou, eram criminosos ligando para o
profissional da área elétrica alegando que haviam sequestrado a sua
filha de 21 anos de idade. Mesmo com toda sua experiência de vida
Dalcy entrou em estado de preocupação imediatamente. Dois
indivíduos do outro lado da linha diziam palavras de ameaças contra
a vida de sua filha. No momento do desespero o eletricista
interrompeu o trabalho que fazia e foi a uma casa lotérica onde
efetuou um depósito numa conta bancária no valor de R$ 400,00.
“Era
por volta de 16 horas e 45 minutos desta terça-feira (23), eu estava
trabalhando lá de frente clínica médica do Bairro Jardim Morumbi
quando de repente apareceu uma ligação privada. Quando eu atendi já
ouvi uma voz como se fosse a minha filha pedindo socorro. Subitamente
eles como se tivessem tomado o telefone da mão da minha filha e
falaram que tinham vindo para Uruará para pegar a filha de um
empresário, mas infelizmente haviam pegado a minha filha enganado.
Mas que eu tinha que pagar valor de R$ 1.000,00 pra eles liberarem
minha filha. Eu falei para eles que o dinheiro que eu tinha no bolso
era R$ 200,00. Mas eles apelaram até que exigiram que eu arrumasse
R$ 400,00. Eu fui com o pessoal da Clínica médica e peguei R$
400,00 emprestado e fui até a casa lotérica falando o tempo todo
com eles. Quando eu cheguei na casa lotérica eles me informaram o
número da conta para eu fazer o depósito e aí eu depositei. Quando
eu saí fora eles pediram pra mim comprovar se o depósito havia sido
feito, passaram o telefone como se fosse para a minha filha que
estava chorando, aí outro já me falou que eu tinha que depositar
mais R$ 600,00. Aí eu entrei em desespero, desliguei o celular e
corri até a casa da minha filha pra saber se ela estava lá para
poder cassar jeito de me controlar.
Bati palma e ela apareceu, e foi
um alívio. Não é fácil passar um apuro quanto eu passei. Eles me
diziam que não era para mim me aproximar da polícia porque eles
estavam com o carro cheio de arma, e que se eu não fizesse conforme
eles estavam pedindo eles iriam matar minha filha. Vou procurar a
delegacia de polícia para registrar um Boletim de Ocorrência”,
contou o eletricista.
No
foi a primeira vez que criminosos aplicam esse tipo de golpe a
moradores de Uruará, em janeiro de 2016 um açougueiro do Mercado
Municipal perdeu R$ 1.000,00 quando os criminosos alegaram ter
sequestrado o seu filho. No município várias pessoas já receberam
ligações semelhantes.
Fonte:
Sistema Regional de Comunicação
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