BRASIL NOVO NOTÍCIA: Polícia começa a ouvir testemunhas de chacina em Belém

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Polícia começa a ouvir testemunhas de chacina em Belém

Crimes serão analisados sob sigilo para não atrapalhar investigações. Onze pessoas foram assassinadas entre os dias 4 e 5 deste mês.


A Divisão de Homicídios da Polícia Civil começou a ouvir na última quinta-feira (6), em Belém, testemunhas que presenciaram alguns dos 11 assassinatos ocorridos entre a noite de terça-feira (4) e a madrugada de quarta-feira (5), na capital paraense.
De acordo com a polícia, os crimes serão apurados em inquéritos separados e analisados sob sigilo. Ainda segundo a polícia, a medida foi tomada para não atrapalhar a condução das investigações.
Com os depoimentos e a reunião de provas é que a polícia deverá traçar uma linha de investigação para apurar as circunstâncias em que ocorreram os homicídios.
"Nós não podemos deixar de apurar a conexão entre os homicídios, porém, para cada homicídio foi instaurado um inquérito policial", afirmou  Rilmar Firmino, delegado geral.

Entenda o caso

Nove pessoas foram assassinadas na noite de terça-feira (4) e na madrugada de quarta (5) em seis bairros de Belém, após o cabo da Polícia Militar Antônio Marcos da Silva Figueiredo ser morto na frente de casa.

Pelas redes sociais, diversas pessoas relataram que supostos policiais haviam convocado grupos para vingar a morte do cabo assassinado, declarando toque de recolher em bairros de Belém. De acordo com a promotoria militar, mesmo com as denúncias a população não deve ceder ao pânico, já que muitos relatos foram exagerados ou trotes. Segundo a polícia civil, falsas denúncias serão investigadas e podem ser punidas. O governo informou que irá aumentar o policiamento, mas descartou solicitar o envio de tropas federais.
Na manhã de quarta-feira a cidade ainda conviveu com a incerteza. Aulas foram suspensas na UFPA, apesar da informação oficial de que o expediente seria normal. Enquanto isto, os corpos de 8 das nove vítimas foram liberados pelo Instituto Médico Legal após reconhecimento de familiares. Uma das vítimas foi Eduardo Galúcio Chaves, de apenas 16 anos. Eles foram enterrados na manhã da última quinta-feira (6), em cemitérios da Grande Belém.

Os casos estão sendo investigados pela Divisão de Homicídios da Polícia Civil para verificar a relação entre eles. Pelo menos seis mortes teriam características de execução.

Fonte: G1/PA


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