Crimes serão analisados sob sigilo para não atrapalhar investigações. Onze pessoas foram assassinadas entre os dias 4 e 5 deste mês.
A Divisão de Homicídios da
Polícia Civil começou a ouvir na última quinta-feira (6), em Belém, testemunhas
que presenciaram alguns dos 11 assassinatos ocorridos entre a noite de
terça-feira (4) e a madrugada de quarta-feira (5), na capital paraense.
De acordo com a polícia, os
crimes serão apurados em inquéritos separados e analisados sob sigilo. Ainda
segundo a polícia, a medida foi tomada para não atrapalhar a condução das
investigações.
Com os depoimentos e a
reunião de provas é que a polícia deverá traçar uma linha de investigação para
apurar as circunstâncias em que ocorreram os homicídios.
"Nós não podemos deixar
de apurar a conexão entre os homicídios, porém, para cada homicídio foi
instaurado um inquérito policial", afirmou Rilmar Firmino, delegado
geral.
Entenda o caso
Nove pessoas foram assassinadas na noite de terça-feira (4) e na madrugada de quarta (5) em seis bairros de Belém, após o cabo da Polícia Militar Antônio Marcos da Silva Figueiredo ser morto na frente de casa.
Pelas redes sociais, diversas
pessoas relataram que supostos policiais haviam convocado grupos para vingar a
morte do cabo assassinado, declarando toque de recolher em bairros de Belém. De
acordo com a promotoria militar, mesmo com as denúncias a população não deve
ceder ao pânico, já que muitos relatos foram exagerados ou trotes. Segundo a
polícia civil, falsas denúncias serão investigadas e podem ser punidas. O
governo informou que irá aumentar o policiamento, mas descartou solicitar o
envio de tropas federais.
Na manhã de quarta-feira a
cidade ainda conviveu com a incerteza. Aulas foram suspensas na UFPA, apesar da
informação oficial de que o expediente seria normal. Enquanto isto, os corpos
de 8 das nove vítimas foram liberados pelo Instituto Médico Legal após
reconhecimento de familiares. Uma das vítimas foi Eduardo Galúcio Chaves, de
apenas 16 anos. Eles foram enterrados na manhã da última quinta-feira (6), em
cemitérios da Grande Belém.
Os casos estão sendo
investigados pela Divisão de Homicídios da Polícia Civil para verificar a
relação entre eles. Pelo menos seis mortes teriam características de execução.
Fonte: G1/PA
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