Um grupo de pelo menos 150 agricultores
e agricultoras da Volta Grande do Xingu realizaram uma manifestação na frente
da sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA em
Altamira. Os agricultores reclamam da demora em receberem indenizações da Norte
Energia por suas terras e benfeitorias na área de construção da Usina de Belo
monte. A obra é a maior em andamento no
Brasil. A usina será a segunda do país em capacidade de geração de energia,
atrás apenas para a Usina de Itaipu.
A briga pela
indenização dos moradores daquela localidade se arrasta desde 2011 quando o
Ministério Público Federal - MPF tentou obrigar a empresa a fazer em 60 dias o
cadastro socioeconômico, com respostas para quem seriam atingidos, quando seria
atingido, quais os critérios de indenização para cada família, os valores que
serão recebidos por cada família, quando ocorreria a indenização e para onde
essas famílias seriam realocadas e que infraestrutura seria disponibilizada no
local do reassentamento de quem fosse retirado da área. Na mesma ocasião, o
Ministério solicitou também à Justiça a proibição, por parte da Norte Energia,
de ingressar nos domicílios e terras dos moradores da Volta Grande do Xingu e
que fosse determinado ao Ministério do Desenvolvimento Agrário - MDA o início
imediato do processo de regularização fundiária na região, para que fosse
concluído em até 120 dias.
Durante a
manifestação os agricultores chegaram a atear fogo em restos de madeira na
frente do órgão na tentativa de chamar a atenção das autoridades responsáveis.
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