A Polícia Civil prendeu em flagrante o maranhense Carlisvan Silva
Pereira, 29 anos, acusado de praticar crimes sexuais contra adolescentes no
município de Rurópolis, oeste paraense. A prisão teve o comando do delegado
Ariosnaldo da Silva Vital Filho. O preso é apontado como autor do estupro da
própria enteada de 11 anos, que vinha sendo ameaçada de morte pelo padrasto que
se utilizava de um canivete para intimidá-la e impedir que a vítima contasse à
mãe sobre os atos de violência. O delegado explica que uma denúncia anônima
levou os policiais civis até Carlisvan, que já era investigado havia três
meses, em razão de outros assédios, abusos sexuais e ameaças cometidas contra
adolescentes de 12, 14 e 16 anos.
Segundo os relatos, ele costumava intimidá-las com um canivete
dizendo que mataria seus amigos e familiares, caso revelassem o crime à
Polícia. Assim que chegou a denúncia, os investigadores Hércules Araújo e
Sérgio Silva foram até o local onde estava o acusado junto com a enteada. Diante
do delegado, de representantes do Conselho Tutelar e da própria mãe, a vítima
narrou aos prantos os abusos sofridos. A mãe se disse surpresa com os relatos,
pois não sabia sobre os abusos ocorridos dentro da sua própria casa durante sua
ausência nem da pressão psicológica que a filha vinha sofrendo ao longo de um
ano, período em que conviveu com o acusado.
Também, durante as investigações descobriu-se que os assédios e
abusos das três primeiras vítimas ocorriam num lote rural, localizado no Km 7
da estrada vicinal da Cachoeira, onde residem familiares de uma das vítimas.
Uma das vitimas, sobrinha do acusado, relata que os atos de violência sexual
ocorriam sempre que o acusado passava os fins de semanas e férias no local. As
demais vítimas eram vizinhas de Carlisvan. Durante o interrogatório, Carlisvan
Silva Pereira confessou os abusos e assédios cometidos, sob alegação de que os
atos se restringiam a toques nas partes intimas das vítimas.
As adolescentes foram encaminhadas a exame sexológico no Centro de
Perícias Renato Chaves de Itaituba. De acordo com o delegado, as peças do
flagrante delito já foram protocoladas no Fórum local para apreciação e
julgamento do juiz da Comarca de Rurópolis. "Já representei pela
manutenção da prisão preventiva e imediata transferência do criminoso para o
presídio", explica. Carlisvan foi indiciado por crime de estupro de
vulnerável e ameaça combinados com os dispositivos legais previstos na lei nº
11.340/2006 (Lei Maria da Penha), por conta do grau de parentesco com, pelo menos,
duas das vítimas.
Fonte: PC/PA
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