Na tarde desta segunda-feira (7), o corpo do ex-governador Alacid Nunes foi enterrado no Cemitério Santa Izabel, no bairro do Guamá, em Belém. O corpo de Alacid Nunes saiu do Palácio Antônio Lemos por volta do meio-dia, em um carro do Corpo de Bombeiros. Na chegada ao Cemitério Santa Izabel, recebeu honras militares de Estado, com cadetes da PM dando uma salva de três tiros. Na hora em que foi enterrado, em um jazigo da família, mais uma salva, dessa vez com 19 tiros.
O secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, Jeannot Jansen, lembrou o exemplo militar que foi o coronel Alacid Nunes. “Nunca ouvi nada que pudesse desabonar a conduta de Alacid Nunes enquanto homem público. Ele foi um político muito habilidoso, mesmo em um momento extremamente delicado para o país. Foi um político do qual todos falavam bem”, afiançou. Ex-secretário de Saúde, Hélio Franco também enfatizou a honestidade de Alacid Nunes. “Mesmo quem tinha pensamentos políticos diferentes dos dele sempre o respeitou”, concluiu.
O ex-governador, que completaria 91 anos no próximo dia 25 de novembro, passava o fim de semana em sua fazenda no Marajó quando, por volta das 22h do último sábado (5), sentiu fortes dores no peito e nas costas. Socorrido por familiares, Alacid não resistiu até a chegada do atendimento médico, e morreu vítima de infarto.
Trajetória
Formado pela Academia Militar das Agulhas Negras, Escola de Educação Física do Exército e Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais, no Rio de Janeiro, Alacid Nunes foi comandante da Zona Militar Norte, em Recife, em 1960; secretário de Segurança no então Território Federal do Amapá, em 61; e de 61 a 64, de volta a Belém, onde nasceu, chefiou a 28ª Circunscrição de Recrutamento, foi delegado do Comando Militar da Amazônia e presidente da Comissão de Abastecimento Regional da VIII Região Militar.
Formado pela Academia Militar das Agulhas Negras, Escola de Educação Física do Exército e Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais, no Rio de Janeiro, Alacid Nunes foi comandante da Zona Militar Norte, em Recife, em 1960; secretário de Segurança no então Território Federal do Amapá, em 61; e de 61 a 64, de volta a Belém, onde nasceu, chefiou a 28ª Circunscrição de Recrutamento, foi delegado do Comando Militar da Amazônia e presidente da Comissão de Abastecimento Regional da VIII Região Militar.
Ele foi nomeado prefeito de Belém em 1964, ano em que a ditadura militar se instalou no país. Um ano depois, Nunes renunciou ao cargo para concorrer às eleições para governador do Pará. Elegeu-se pela UDN numa acirrada disputa. Governou o Estado de 1966 a 1971, afastando-se da política até 1974, período em que dirigiu uma fábrica de cimento em Capanema.
Voltou para ser eleito deputado federal e, quatro anos mais tarde, ser reconduzido ao poder executivo, governando o Pará pela segunda vez, de 1979 a 1983. A partir daí, só disputou novo pleito em 1990, elegendo-se novamente deputado federal.
G1 Pará
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