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Delegado de Polícia Civil, Walison DamascenoTitular da Delegacia de Polícia Civil do município de Uruará |
No município de
Uruará (PA) é comum pessoas se hospedarem em hotéis sem se identificarem, como
também é comum funcionários serem contratados sem a devida identificação.
Delegado de polícia alerta
Saber a
identificação de quem estar sendo hospedado ou de quem estar sendo contratado é
contribuir para a manutenção da ordem na segurança pública.
O Delegado de
Polícia Civil, Walison Damasceno, Titular da Delegacia de Polícia Civil do
município de Uruará (PA), foi o convidado desta terça-feira, 22 de março, do
Programa Regional Comunidade da Rádio Regional 91.3 FM. Durante o programa o
delegado respondeu perguntas de ouvintes e discutiu assuntos relacionados à
segurança pública com o apresentador Joabe Reis.
Um dos assuntos
abordados no programa foi o credenciamento de hóspedes em hotéis. A falta de
cadastro para o registro da identidade do hóspede tem sido uma prática
constante adotada por hotéis da cidade de Uruará, o que pode influenciar
negativamente na questão da segurança pública do município, beneficiando
criminosos.
“É de conhecimento
dos proprietários dos hotéis de que quando se abre um hotel tem-se que seguir
normas e o Ministério do Turismo determina que todo hóspede que for ficar em
determinado hotel deve ser cadastrado, ou seja, deve preencher um formulário
informando número de documento, nome completo, a cidade de onde está vindo e
alguns dados que possa identificar esse hóspede. Como também é proibido que
menores de 18 anos se hospedem sem estar acompanhados dos pais ou de
responsável com autorização. No entanto nós verificamos aqui em Uruará que
alguns hotéis estão pecando no cumprimento do que é previsto”, apontou o
delegado Walison Damasceno ao responder sobre o referido tema citado, e
prosseguiu. “Recentemente
nós tivemos um fato específico com a ocorrência de um furto num estabelecimento
destes e no momento da apuração fomos verificar quem havia se hospedado e não
havia cadastro nenhum do indivíduo que havia se hospedado nesse hotel, então
isto dificulta muito o trabalho da polícia, isto é um risco até para o
proprietário do estabelecimento e para os outros hóspedes, porque assim
qualquer um chega e dar qualquer nome, e nesse caso específico a pessoa não
tinha dado nem o nome, apenas o apelido”, exemplificou.
Damasceno enfatizou sobre o procedimento a ser adotado pelos hotéis. “O preenchimento do cadastro com o
nome completo do hóspede e exigência da apresentação de um documento de
identificação evita até que crianças se hospedem em hotel acompanhados de
pessoas que não são os pais, o que evitaria outros tipos de crimes como o crime
de pedofilia, entre outros”. O delegado informou que a Polícia
Civil começará a fiscalizar os hotéis da cidade.
“A Polícia Civil também é responsável
por fiscalizar esses estabelecimentos, todo o hotel deve ter a licença de
funcionamento, da prefeitura como da Polícia Civil. E nós vamos começar a
intensificar essa fiscalização e o hotel que não estiver cumprindo essa
determinação ele poderá ser advertido, multado e ter até o seu alvará de
funcionamento cassado. Primeiramente nós vamos notifica-los para que comecem a
tomar esse tipo de atitude, que é realizar o cadastro do hóspede corretamente,
e depois nós vamos fazer uma fiscalização, pois isto também é segurança
pública. Segurança pública não é só prender, mas também é tomar todas a medidas
para evitar o crime”, afirmou.
O delegado também
citou o grande número de foragidos que se escondem no município. “Aqui em Uruará o número de foragidos
que nós prendemos é muito grande, esses foragidos acabam se escondendo aqui na
região e se hospedam em hotéis e ficam a vontade porque ninguém nunca cobrou
documento dos mesmos, e isto vamos ter que começar a modificar pra ter uma
cidade melhor”, alertou.
Walison Damasceno
mencionou também a falta identificação de trabalhadores ao ser contratados por
fazendas e comércios. “Aqui
em Uruará eu vejo muito as pessoas que contratam pessoas que vêm de fora (outro
estado ou município) sem sequer pedir uma documentação, só para exemplificar,
há alguns meses nós prendemos um indivíduo foragido da justiça de Santarém
acusado até de homicídio de um taxista, ele estava há dois anos no município e
estava trabalhando numa fazenda e ninguém sabia nem o nome dele completo, então
isto nos causa preocupação. Se você vai contratar uma pessoa, peça a
documentação dela, cheque seus antecedentes, para evitar possíveis problemas no
futuro, porque será uma pessoa que você irá levar para sua casa ou para sua
propriedade ou comércio, previna-se”, advertiu.
Para finalizar
sobre o assunto o delegado ainda citou os casos em que mulheres vítimas de
violência doméstica em Uruará não saberem o nome completo do parceiro agressor.
“Às vezes chegam (na
Delegacia de Polícia) mulheres para fazerem queixa de violência doméstica e
quando perguntamos ela não sabe o nome completo do companheiro, sabe mal o
primeiro nome. É preciso mais atenção. É como eu sempre falo: A segurança
pública é responsabilidade do estado, é! No entanto, a população tem que
participar”, concluiu o delegado.
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