Simão Jatene deixa o Pará em 11º na lista dos Estados com contas negativas, no Brasil. (Foto: Fernando Araújo/Diário do Pará) |
O Pará está gastando mais do que
arrecada. Com isso, a administração Simão Jatene entra para a lista de Estados
que apresentam rombo fiscal em suas contas. Dados divulgados pelo Banco Central
do Brasil e publicados pelo jornal “O Globo” mostram que, dos 27 estados
(incluindo o Distrito Federal), o Pará é o 11º na listade contas negativas. O
Banco Central mostra que Jatene conseguiu gastar bem mais do que o Estado
arrecadou nos últimos 12 meses, o que enterra, de uma vez, os sonhos do
governador de ser considerado um bom gestor.
As contas do Governo do Pará chegaram ao mês de março com quase R$ 3 bilhões negativos. Na lista nacional, o Estado mais afetado é o Rio de Janeiro, seguido por Ceará e Bahia.
As contas do Governo do Pará chegaram ao mês de março com quase R$ 3 bilhões negativos. Na lista nacional, o Estado mais afetado é o Rio de Janeiro, seguido por Ceará e Bahia.
Matéria publicada por " O Globo" aborda a situação dos Estados. |
ESTADOS
Entre os que conseguiram manter suas contas no azul - 9 Estados, ao todo -, estão gigantes nacionais, como São Paulo e Minas Gerais, mas também Estados bem menores do que o Pará, como Alagoas e Acre. Para o economista Raul Velloso, a forte queda no resultado dos Estados mostra que é muito provável que os governos regionais cheguem ao fim do ano no vermelho, pois não têm mais receitas extraordinárias, que diminuíram a crise fiscal em 2015. “No ano passado, os Estados jogaram boa parte do déficit para debaixo do tapete”, afirma o economista.
Especialistas destacam que ainda há muitas incertezas em relação à situação fiscal do País. Em relatório enviado a clientes, o banco Brasil Plural informou que prevê déficit primário de R$ 130 bilhões, ou 2,1% do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano. Só nos 12 meses encerrados em abril, o rombo nacional já chega a R$ 139,3 bilhões (2,33% do PIB). Esse número tem piorado desde o início do ano. No fim de 2015, a relação era de 1,88% do PIB.
O Governo do presidente interino Michel Temer
sofreu críticas ao estipular uma meta fiscal muito pessimista. O câmbio, os
juros e a inflação tendem a dar alívio nas contas públicas daqui para frente. E
a tendência é de resultados mais favoráveis do que o previsto. “Até aqui, os
resultados fiscais não parecem tão ruins a ponto de chegar em R$ 170,5 bilhões
de déficit neste ano”, ressalta o diretor de pesquisas do Bradesco, Octavio de
Barros. Mas, segundo ele, algumas despesas ainda devem ser colocadas nessa
conta, como a renegociação da dívida dos Estados, o aumento de 9% no Bolsa
Família e o possível aumento de servidores.Entre os que conseguiram manter suas contas no azul - 9 Estados, ao todo -, estão gigantes nacionais, como São Paulo e Minas Gerais, mas também Estados bem menores do que o Pará, como Alagoas e Acre. Para o economista Raul Velloso, a forte queda no resultado dos Estados mostra que é muito provável que os governos regionais cheguem ao fim do ano no vermelho, pois não têm mais receitas extraordinárias, que diminuíram a crise fiscal em 2015. “No ano passado, os Estados jogaram boa parte do déficit para debaixo do tapete”, afirma o economista.
Especialistas destacam que ainda há muitas incertezas em relação à situação fiscal do País. Em relatório enviado a clientes, o banco Brasil Plural informou que prevê déficit primário de R$ 130 bilhões, ou 2,1% do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano. Só nos 12 meses encerrados em abril, o rombo nacional já chega a R$ 139,3 bilhões (2,33% do PIB). Esse número tem piorado desde o início do ano. No fim de 2015, a relação era de 1,88% do PIB.
DESCONTOS
Diante do quadro negativo dos governos estaduais, a equipe econômica do Governo Federal está disposta a dar um alívio extra no pagamento das dívidas dos Estados com a União. A ideia é propor, inicialmente, um desconto entre 60% e 80% nas parcelas que são pagas mensalmente, por um período de até 1 ano. Enquanto isso, o Pará segue afundando em dívidas contraídas por Simão Jatene.
Por: Luiza Melo
Fonte: Diário do Pará
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