Candidatos foram ao MP
denunciar supostas irregularidades na prova para o concurso de delegado
Candidatos procuraram o MP na sexta-feira |
A 4ª promotora de Justiça dos Direitos
Constitucionais Fundamentais e dos Direitos Humanos, Maria da Penha de Mattos
Buchacra Araújo, expediu na última sexta-feira (07), uma Recomendação à secretária
de Administração do Estado do Pará (Sead), Alice Viana, e ao delegado-geral da
Polícia Civil do Estado do Pará, Rilmar Firmino de Sousa, para que proceda à
anulação da prova objetiva do concurso público para provimento de cargos de
Delegado de Polícia Civil, realizada no dia 25 de setembro.
A
prova para o cargo de delegado da Polícia Civil do Pará foi aplicada em Belém,
Marabá, Santarém e Altamira. Foram registrados 14.508 inscritos que concorreram
a 150 vagas.
O
Ministério Público do Estado (MPE) recomenda também que seja designada nova
data, horário e local para a realização da prova objetiva do concurso, com a
publicação de edital específico para esse fim, tudo com a antecedência
necessária para garantir a ampla divulgação e participação de todos os
candidatos no certame.
Segundo
o MPE, a Sead e a Polícia Civil tem 48 horas, a partir do recebimento da
Recomendação, para encaminhar informações sobre todas as medidas tomadas.
“Em
caso de não acatamento da Recomendação, serão adotadas as medidas legais e
judiciais necessárias a fim de assegurar a sua implementação, inclusive através
de ajuizamento de Ação Civil Pública cabível”, frisa a promotora de Justiça
Maria da Penha.
IRREGULARIDADES
O
MPE tomou conhecimento de irregularidades ocorridas durante a realização da
prova objetiva do concurso, tendo sido constatado que os envelopes que
continham os cadernos de questões chegaram violados em alguns locais de prova.
“Tais fatos evidenciam falhas na segurança das provas, comprometendo o sigilo
do conteúdo destas e a lisura do certame”, reforça.
No
último dia 27, um grupo de pelo menos 20 pessoas que realizaram a prova
formalizaram denúncia no Ministério Público a fim de cobrar anulação da prova.
Na ocasião, eles alegaram que durante a conferência da integridade do lacre do
envelope de provas, constataram indícios de violação. O fato aconteceu em pelo
menos cinco instituições de ensino que aplicaram o exame.
O
candidato Onilson Pessoa, de 40 anos, contou ao DIÁRIO que realizou a prova na
sala 15 da Escola de Aplicação da Universidade Federal do Pará (UFPA) e contou
que foi um dos voluntários para conferir o pacote contento as provas. Ele disse
ter encontrado o lacre violado.
“Eram
3 candidatos para verificar o envelope e estava muito óbvio que o lacre havia
sido violado”, contou. Segundo ele, a turma foi impedida pelos fiscais a
fotografar o material como prova. Em nota, a Sead alegou que representantes do
governo e da organizadora do certame consideraram o que o processo ocorreu com
tranquilidade.
Fonte:
Diário do Pará
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