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sábado, 14 de janeiro de 2017

PARÁ INICIA CAMPANHA DE VACINAÇÃO CONTRA A BRUCELOSE

Começou no dia 01 de janeiro a primeira etapa da campanha de vacinação contra a brucelose no Pará. A doença, causada por uma bactéria, atinge bovinos e bubalinos tanto de corte quanto de leite e causa grandes prejuízos para os produtores. A imunização do rebanho, assim como a notificação da vacina junto à Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), podem ser feitas até o dia 30 de junho. A segunda etapa da campanha ocorre entre os dias 01 de julho e 31 de dezembro.
A vacinação contra a brucelose é uma das metas previstas no Plano Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose, elaborado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e executado no Estado pela Adepará. O objetivo do programa é baixar a prevalência e a incidência de casos da doença em todo o País, assim como certificar números significativos de propriedades, que possam oferecer ao consumidor produtos com baixo risco sanitário.
A incidência da doença no rebanho paraense ainda é desconhecida. Por isso, está sendo realizado atualmente um grandioso levantamento nos quatro cantos do Estado, que permitirá saber se há e onde estão os focos da doença.
Esse levantamento permitirá ao Pará traçar políticas e estratégias para controlar, erradicar a doença e, assim, elevar o status sanitário do rebanho. “A partir do diagnóstico sobre a incidência da brucelose no rebanho paraense, teremos um norte de como e onde precisamos atuar, para garantir a melhoria da condição sanitária do Estado”, reforça Gilliard Rodrigues. fiscal estadual agropecuário da Adepará que responde interinamente pelo Programa Estadual de Controle e Erradicação da Brucelose.
O inquérito começou a ser realizado em 2016 e já alcançou diversas regiões do Estado. A expectativa é de que ele seja concluído ainda este ano, pois faltam poucos lugares, em especial aqueles localizados em zonas mais distantes ou de difícil acesso, como é o caso de áreas de várzea.
O diretor geral da Adepará, Luciano Guedes, chama atenção para a importância da finalização desse levantamento. Segundo ele, a brucelose deve se tornar uma das principais barreiras sanitárias nos próximos anos. “Essa é uma situação parecida com a que aconteceu com a febre aftosa, da qual somos considerados área livre. Os principais mercados importadores já estão começando a exigir esse certificado. Então, precisamos nos adequar para continuar acessando-os ou então ficaremos isolados e com uma grande matéria-prima sem ter para quem vender”, afirma Guedes.

Até mesmo estados próximos, como o Mato Grosso, já passaram a exigir exames de brucelose para a compra de animais de outros locais. Por isso a importância da manutenção de um bom status sanitário da produção. O Pará possui hoje o quinto maior rebanho do Brasil, com quase 21 milhões de cabeças de gado. Desse total, o mercado interno consome cerca de 30% e o restante é vendido para outros estados ou é exportado.


Por Rafael Sobral

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