Começou no dia 01 de
janeiro a primeira etapa da campanha de vacinação contra a brucelose no Pará. A
doença, causada por uma bactéria, atinge bovinos e bubalinos tanto de corte
quanto de leite e causa grandes prejuízos para os produtores. A imunização do
rebanho, assim como a notificação da vacina junto à Agência de Defesa
Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), podem ser feitas até o dia 30 de
junho. A segunda etapa da campanha ocorre entre os dias 01 de julho e 31 de
dezembro.
A vacinação contra a
brucelose é uma das metas previstas no Plano Nacional de Controle e Erradicação
da Brucelose, elaborado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa) e executado no Estado pela Adepará. O objetivo do programa
é baixar a prevalência e a incidência de casos da doença em todo o País, assim
como certificar números significativos de propriedades, que possam oferecer ao
consumidor produtos com baixo risco sanitário.
A incidência da
doença no rebanho paraense ainda é desconhecida. Por isso, está sendo realizado
atualmente um grandioso levantamento nos quatro cantos do Estado, que permitirá
saber se há e onde estão os focos da doença.
Esse levantamento
permitirá ao Pará traçar políticas e estratégias para controlar, erradicar a
doença e, assim, elevar o status sanitário do rebanho. “A partir do diagnóstico
sobre a incidência da brucelose no rebanho paraense, teremos um norte de como e
onde precisamos atuar, para garantir a melhoria da condição sanitária do
Estado”, reforça Gilliard Rodrigues. fiscal estadual agropecuário da
Adepará que responde interinamente pelo Programa Estadual de Controle e
Erradicação da Brucelose.
O inquérito começou a
ser realizado em 2016 e já alcançou diversas regiões do Estado. A expectativa é
de que ele seja concluído ainda este ano, pois faltam poucos lugares, em
especial aqueles localizados em zonas mais distantes ou de difícil acesso, como
é o caso de áreas de várzea.
O diretor geral da
Adepará, Luciano Guedes, chama atenção para a importância da finalização desse
levantamento. Segundo ele, a brucelose deve se tornar uma das principais
barreiras sanitárias nos próximos anos. “Essa é uma situação parecida com
a que aconteceu com a febre aftosa, da qual somos considerados área livre.
Os principais mercados importadores já estão começando a exigir esse
certificado. Então, precisamos nos adequar para continuar acessando-os ou
então ficaremos isolados e com uma grande matéria-prima sem ter para quem
vender”, afirma Guedes.
Até mesmo estados
próximos, como o Mato Grosso, já passaram a exigir exames de brucelose para a
compra de animais de outros locais. Por isso a importância da manutenção de um
bom status sanitário da produção. O Pará possui hoje o quinto maior rebanho do
Brasil, com quase 21 milhões de cabeças de gado. Desse total, o mercado interno
consome cerca de 30% e o restante é vendido para outros estados ou é exportado.
Por Rafael Sobral
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