Os peritos já tinham feito uma paralisação de advertência, no último dia 3, mas sem acordo (Foto: Antônio Melo) |
De
acordo com os dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública e
de Defesa Social (Segup), nos quatro primeiros meses de 2017 foram
registrados 1.149 homicídios no Pará. Segundo a Segup, mais da
metade dos homicídios têm relação com o tráfico de drogas. A
Polícia também investiga a participação de milícias nos
assassinatos.
Os
dados são referentes aos meses de janeiro até 18 de abril deste
ano. O número de vítimas da violência cresceu 8,91% em relação
ao mesmo período em 2016. Em 2017, é como se quase 11 pessoas
fossem assassinadas diariamente em pouco mais de três meses no Pará.
Para
o representante da Comissão de Segurança Pública da Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB), Eliezer Borges, o Estado tem que ser mais
firme para combater o crime.
“Se,
em um determinado bairro possui x números de homicídios e chega
numa quinta ou sexta-feira este número já é atingindo
automaticamente o estado precisa intervir naquele bairro, precisa
deslocar tropa, saturar, fazer blitz. Enfim, de qualquer forma fazer
a presenta do Estado de modo evitar, não tão somente ele aguarda a
segunda-feira para só contabilizar os mortos”, afirmou Eliezer.
Já
Hilton Benigno, secretário adjunto da Segup, contesta o
posicionamento da OAB.
“A
maior demonstração do trabalho que é feito pelo sistema de
segurança pública, no meu ponto de vista, é o número de prisões
realizadas. Quase 19 mil prisões realizadas no ano passado (2016),
são mais de 1600 prisões por mês, dá mais de 50 por dia”,
argumentou.
Na
última quinta-feira (4), o funcionário de uma empresa de engenharia
foi assassinado, com um tiro na cabeça, no bairro do Guamá. Segundo
a Polícia, ele estava trabalhando em uma obra de macrodrenagem
quando o criminoso chegou de carro e atirou.
Na
semana passada, dois assaltantes cruzaram o caminho da família de
Jacirema e destruíram os planos de Bruno Parente Cruz e Daniela
Verônica Cruz. O casal foi baleado e morreu quando chegavam em casa,
de carro, no bairro da Pedreira. Os bandidos fugiram. A filha do
casal, de nove anos, estava no carro, e tá traumatizada.
Em
janeiro de 2017, o sargento Mário Jorge foi baleado por assaltantes
quando voltava para casa, no bairro da Campina, em Belém. A perda do
filho deixou Sandra Nunes bastante abalada.
“Ele
só trabalhava para nós em casa. Eu sinto muita falta do meu filho.
Eu espero a hora dele chegar e ele não chega”, desabafou Sandra.
As
Informações são do G1
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