Após o depoimento dos 26 presos que estavam no
interior do caminhão cela, quando os quatro detentos que foram mortos durante a
transferência de Altamira até o município. A polícia civil apontou 22 no
envolvimento direto nas mortes.
O laudo do iml do Pará atestou que os quatro
detentos Dhenison de Souza Ferreira; José Italo Meireles de Oliveira,
Vandenildo Moreira Mendes e Werik De Sousa Lima, foram mortos por asfixia
mecânica. De acordo com a Susipe os presos estavam algemados divididos em
quatro celas. As mortes só foram percebidas pelos agentes ao chegarem a Marabá.
Um inquérito será apresentado à justiça de marabá e
ao ministério público do Pará, ao qual é responsável verificar se há provas
suficientes para indiciar todo o grupo. No laudo também foi constatado
que os mortos, e também os suspeitos, possuem marcas e arranhões, o que indica
luta corporal, e por isso deverão ser feitos exames de dna para confirmar quem
cometeu os crimes.
Veja quem são os 22 detentos que irão responder pelos crimes:
1.
Antônio carlos de souza;
2.
Bruno tulio mendes david;
3.
Bueno victor da silva gomes;
4.
Elimar salustiano de sousa
5.
Higo blando veiga vieira.
6.
Jakson silva lemos;
7.
Jefferson dos santos costa;
8.
Joeferson alves de souza;
9.
Joerbert dos santos guimarães;
10.
Keven loureiro monteiro;
11.
Lucas oliveira de almeida;
12.
Marcelo teixeira pereira
13.
Marcos dos santos da silva,
14.
Marlisson duarte de brito;
15.
Marlon ribeiro gomes;
16.
Ozéias oliveira souza;
17.
Reiris silva de souza;
18.
Romary dos santos;
19.
Sidicley queiroz da silva;
20.
Sued farias guimarães júnior;
21.
William pereira da silva
22.
Willkiner thiago alves dias.
Para o delegado responsável pelo
caso, não há elementos que comprovem a participação de quatro dos 26 depoentes
nos crimes. Eles serão autuados em flagrante por associação criminosa e
homicídio. A polícia diz ainda que existem elementos indicando que todos
participaram ativamente das mortes.
OAB
A OAB em Altamira apura as
circunstâncias do maior massacre registrado nos últimos 20 anos no Brasil,
dentro de um presídio, que acabou na morte de cinquenta e oito presos.
“Rendidos através de armas artesanais que eles haviam montado para dar início a
rebelião, e disso se espalhou de uma forma muita rápida. Situações como essa
mostram que a estrutura não era adequada, suficiente para suprir esse tipo de
situação”, comenta Evander Fontenele, presidente da Comissão de Direitos
Humanos no município.
Logo após o fim da rebelião, a
Comissão De Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, em Altamira, foi
acionada para acompanhar a situação. O presidente da comissão relata o que
encontrou dentro do presídio. “Nós encontramos uma estrutura, situação típica
de guerra. Inclusive número inferior de agentes”, explica Fontenele.
É sobre essa falta de estrutura no
presídio que o conselho nacional de justiça, o CNJ, divulgou dados alarmantes
que já chamavam atenção para a superlotação no Centro Recuperação Regional de
Altamira (CRRA). “O relatório especifica que o número máximo seria de 163
detentos e no dia da rebelião tinha 343, ou seja, quase o dobro da quantidade
permitida”, lembra o advogado.
Além da superlotação, a OAB, aponta
que os poucos agentes prisionais existentes no CRRA foi uma das facilidades que
os detentos encontraram para executar o massacre.
(Karine Weil/ Denilton Resque)
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Fonte: Confirmanoticia
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