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Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil |
O ministro da
Educação, Abraham Weintraub, disse hoje (16) que o cenário indica a
possibilidade de que os recursos contingenciados das universidades podem ser
desbloqueados a partir de setembro. De acordo com o ministro, a aprovação da
reforma da Previdência cria um ambiente favorável para a retomada da atividade
econômica e, como consequência, o aumento na arrecadação de impostos, o que
aliviaria o caixa do governo, permitindo descontingenciar os recursos.
“Desde o primeiro momento a gente
falou que contingenciamento não era corte, que a gente ia administrar uma crise
herdada por governos passados na boca do caixa e que a previsão era que, caso
passasse a reforma da Previdência, provavelmente já em setembro a gente teria
um descontingenciamento. Simplesmente eu tô mantendo tudo o que eu estou
falando há 120 dias”, disse Weintraub.
Parceria
A afirmação foi feita durante coletiva do Ministério da Educação
(MEC) para falar sobre o acordo com instituições de ensino superior de
Portugal, para que elas aceitem as notas do Exame Nacional do Ensino Médio
(Enem) como forma de seleção de estudantes brasileiros em seus cursos de
graduação.
Andifes
Nessa quinta-feira (15), o ministro se reuniu com reitores da
Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior
(Andifes). Na ocasião, Weintraub acenou que o repasse no orçamento das
universidades e institutos federais começa a ser revertido a partir do próximo
mês.
Na ocasião, a Andifes disse que o ministro reconheceu que a
situação econômica do país exigiu um contingenciamento que limitou as ações no
MEC e nas universidades. “Mas disse também que a arrecadação melhor no mês de
agosto, junto com o recebimento de dividendos por parte do governo federal,
permitirá um desbloqueio a partir do mês de setembro”, disse a Andifes em nota.
Bloqueio
Em março, o governo anunciou contingenciamento no orçamento das
universidades e institutos federais de educação no montante de R$ 2 bilhões da
verba prevista, o equivalente a 29,74% do total do orçamento anual. Segundo o
ministro, o bloqueio da verba foi necessário devido à redução na previsão de
crescimento do país este ano. O Orçamento elaborado no ano passado previa um
crescimento de 2,5% no ano, o que já foi descartado pelo governo. Além disso,
com o recuo da atividade econômica no primeiro semestre, houve uma redução na
arrecadação.
Fonte: Agência Brasil
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