Foram três dias dentro de um ônibus, que rodou mais de 2.500km para chegar ao Eldorado
Não teve jeito. Por maior que fosse o apelo popular para que o garimpo continuasse aberto em Pontes e Lacerda, a Justiça Federal decidiu que é hora de pagar com a extração ilegal que se desenvolveu na Serra do Caldeirão, sob risco de incorrer em danos irreversíveis ao meio ambiente e à sociedade da pacata cidade de 40 mil habitantes. A partir de agora, as forças de segurança estarão na área rural para impedir a retirada do ouro.
Lídia, Emília, Sônia Maria, Sany e Jeanny pediram demissão do emprego que tinham na Usina Belo Monte e seguiram para Pontes e Lacerda por conta própria. Ao desembarcar na cidade, elas procuraram uma loja de materiais de construção e logo compraram pás, picaretas e enxadas, para começar os trabalhos. Foram atraídas a Mato Grosso por uma série de imagens de pepitas gigantes de ouro, o que era apenas mentira.
“Eu me iludi. Não vou dizer que estou arrependida porque já estou aqui, mas aqui é trabalho duro. Vou furar aqui com minhas amigas até achar um pouco de ouro. Aqui não tem pena nem caso de achar que alguém é coitado. Estamos na mesmas condições”, disse Sônia Maria, que lidera o grupo.
Sem nenhum sinal de vaidade, como maquiagens, unhas pintadas, cabelos chapados ou cremes para a pele, as muheres se desdobram para conseguir perfurar ao menos um metro por período. “Aqui não temos mimimi, temos é força de vontade. O lance do trabalho aqui é duro. Precisamos agora ter força no braço e encarar. Já estamos aqui, agora é parar de choro. O ouro não brota, as fotos nos enganaram, mas, mesmo com esses impecilhos, nós vamos ficar até o último minuto”, disse Lídia.
Para agilizar o trabalho de escavação, as guerreiras de Altamira usam um misto de charme e inteligência. Enquanto uma das mulheres é ‘emprestada’ para a barraca ao lado, para fazer comida ou lavar a louça, um ou dois homens vão para o barranco (como chamam a frente de trabalho) delas e escavam um pouco. As mulheres são todas solteiras, mas duas delas tem filhos.
“Estamos desprendidas do mundo. Sem emprego, pouco dinheiro, mas muita vontade de ficar ricas e vamos. Até a hora que der, estaremos aqui”, disse Sany.
Portal Amazonia
“Eu me iludi. Não vou dizer que estou arrependida porque já estou aqui, mas aqui é trabalho duro. Vou furar aqui com minhas amigas até achar um pouco de ouro. Aqui não tem pena nem caso de achar que alguém é coitado. Estamos na mesmas condições”, disse Sônia Maria, que lidera o grupo.
Sem nenhum sinal de vaidade, como maquiagens, unhas pintadas, cabelos chapados ou cremes para a pele, as muheres se desdobram para conseguir perfurar ao menos um metro por período. “Aqui não temos mimimi, temos é força de vontade. O lance do trabalho aqui é duro. Precisamos agora ter força no braço e encarar. Já estamos aqui, agora é parar de choro. O ouro não brota, as fotos nos enganaram, mas, mesmo com esses impecilhos, nós vamos ficar até o último minuto”, disse Lídia.
Para agilizar o trabalho de escavação, as guerreiras de Altamira usam um misto de charme e inteligência. Enquanto uma das mulheres é ‘emprestada’ para a barraca ao lado, para fazer comida ou lavar a louça, um ou dois homens vão para o barranco (como chamam a frente de trabalho) delas e escavam um pouco. As mulheres são todas solteiras, mas duas delas tem filhos.
“Estamos desprendidas do mundo. Sem emprego, pouco dinheiro, mas muita vontade de ficar ricas e vamos. Até a hora que der, estaremos aqui”, disse Sany.
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