Brasil Novo Notícias: Dilma se encontrará com Lula em SP para discutir protestos pelo país PUBLICIDADE ANDRÉIA SADI DO PAINEL, DE BRASÍLIA DE SÃO PAULO

terça-feira, 18 de junho de 2013

Dilma se encontrará com Lula em SP para discutir protestos pelo país PUBLICIDADE ANDRÉIA SADI DO PAINEL, DE BRASÍLIA DE SÃO PAULO

A presidente Dilma Rousseff embarcou nesta terça-feira (18) para São Paulo para encontrar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Eles devem discutir a onda de protestos no país.
Mais cedo, a petista discursou, pela primeira vez, sobre os protestos durante evento no Planalto para lançar o novo marco da mineração.

"Meu governo está ouvindo as vozes pela mudança. Quero garantir que vamos conseguir mais para o país e para o povo", disse a presidente.



Ao participar de um evento em Brasília, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso comentou o discurso de Dilma. Disse que se a presidente estiver de fato empenhada em fazer mudanças, "a primeira mudança que ela tem que fazer é conter a inflação. Por trás disso tudo está a carestia."

O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Presidência) admitiu nesta terça-feira (18) que o governo federal não conseguiu ainda entender as razões das sucessivas manifestações pelo país por terem um novo formato, diferentes dos tradicionais protestos do passado --em que havia carros de sons e lideranças identificadas para negociações.
"Na questão da mobilidade urbana, temos problema. A frota de ônibus de São Paulo é a mesma de sete, oito anos atrás. Temos problema grave de transporte aqui em Brasília. A questão da Copa, temos que estar atentos. Se a gente não for sensível, se a gente se fechar a esse tipo de reivindicação, vamos na contramão da história. Temos que tentar entender e abrir canais de conversas", afirmou.

Imagens aéreas do 5º dia de protesto em SP

Moacyr Lopes Junior/Folhapress


Manifestantes na ponte Estaiada - Octavio Frias de Oliveira -, na zona sul de SP, durante protesto contra aumento das tarifas
PROTESTOS
A viagem da presidente acontecerá depois de centenas de milhares de pessoas irem às ruas ontem em 12 capitais do país para protestar contra o aumento das tarifas de transporte público, corrupção, gastos da Copa do Mundo e para reivindicar a melhoria de serviços públicos, como saúde, educação e segurança, entre outras demandas.

Durante os protestos, os políticos também foram alvos, como a presidente Dilma, os governadores Geraldo Alckmin (PSDB-SP) e Cabral (PMDB-RJ) e o prefeito Fernando Haddad (PT-SP). Foi a maior onda de protestos políticos no país desde os caras-pintadas, em 1992, pelo impeachment do então presidente Collor. 

A maioria das manifestações foi pacífica, mas houve vandalismo contra sedes do poder. Em São Paulo, um portão do Palácio dos Bandeirantes foi derrubado -- a polícia impediu a invasão. Na capital paulista, o ato reuniu ao menos 65 mil pessoas, segundo o Datafolha. Dos participantes, 84% disseram não ter preferência partidária. Um novo protesto está marcado para hoje, às 17h, na praça da Sé, no centro da capital paulista.

No Rio, onde o protesto reuniu 100 mil pessoas, um grupo atacou a Assembleia Legislativa --três pessoas foram atingidas por tiros. Em Brasília, militantes tomaram o teto do Congresso Nacional.
Yasuyoshi Chiba/AFP
A presidente da República Dilma Rousseff (dir.) observa discurso do presidente da Fifa, Joseph Blatter, na abertura da Copa das Confederações; os dois foram vaiados
Dilma Rousseff (dir.) observa discurso do presidente da Fifa, Joseph Blatter, na abertura da Copa; os dois foram vaiados

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