Brasil Novo Notícias: GREVE PROVOCA DESABASTECIMENTO NO PARÁ

quinta-feira, 24 de maio de 2018

GREVE PROVOCA DESABASTECIMENTO NO PARÁ

Estabelecimentos menores são os primeiros a sentir falta de hortifrutis
Fonte: Tarso Sarraf/O Liberal
O desabastecimento de produtos hortifrutigranjeiros nos supermercados de pequeno porte na Grande Belém já é realidade após três dias de paralisação nacional dos caminhoneiros, em protestando contra aumentos sucessivos de preços dos combustíveis no País. A entrega de carnes e de produtos industrializados com proteínas também já está comprometida. Caso o fluxo de caminhões não esteja normalizado até o final desta semana, a situação tende a piorar, atingindo outros produtos da mesa dos paraenses. A informação foi dada, ontem, pelo presidente da Associação dos Supermercados do Pará (Aspas), Jorge Portugal.
Supermercados de menor porte, sem câmara frigorífica, que precisam de abastecimento diário, em geral a partir das Centrais de Abastecimento do Pará (Ceasa), já começam a sentir a falta de produtos hortifrutigranjeiros, que vêm de fora do Estado.
Já tem produto em falta nesses estabelecimentos, e tem um agravante maior: os preços dos produtos nos fornecedores já aumentaram, ou seja, os supermercados, quando forem refazer estoque, vão pegar preços mais elevados”, informou Portugal. Uma preocupação dos supermercadistas é com o estado em que vão chegar os produtos retidos nas estradas. Os produtos alimentícios levam de três a quatro dias para vir do Sul do País a Belém.
A Aspas divulgou, ontem, uma nota sobre o assunto, na qual reafirma que as paralisações dos caminhoneiros autônomos já causam desabastecimento nos supermercados, em especial itens de FLV (Frutas, Legumes e Verduras), que são perecíveis e de abastecimento praticamente diário. “Outros produtos, como carnes e produtos industrializados que levam proteínas no processo de fabricação, já estão com as entregas comprometidas pelos atrasos no reabastecimento”, diz o texto da nota.
A Associação Paraense espera resoluções imediatas para que a população não sofra com a falta de produtos de necessidade básica. Mas também entendemos que o valor cobrado pelo combustível está muito alto e que os valores precisam chegar a patamares mais justos para toda a população”, conclui a nota da Associação.
Ainda ontem à noite, uma dirigente de supermercado de grande porte em Belém informou que está com quatro carretas de hortifrutigranjeios “presas” na estrada. O que mais preocupa os supermercadistas é o atraso na chegada dos hortifrutigranjeiros que vêm de fora do Estado, sobretudo, da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo). 
Os hortifrutigranjeiros importados em grandes quantidades para a Grande Belém são tomate, cebola, pimentão, batata, cenoura, alho, beterraba, repolhos e algumas frutas. Esses produtos costumam chegar em caminhões. Já as folhagens não são motivo de preocupação, porque são produzidas aqui em grande parte e muitas chegam em picapes.
Tinha carga vindo e com a manifestação dos caminhoneiros essa carga está parada na estrada, por Goiás, Tocantins, no próprio Estado de São Paulo. São produtos sempre frescos; a gente não pode estocar. São perecíveis”, destacou Jorge Portugal. 
E também temos o problema da carne. As lojas (supermercados) da Grande Belém são abastecidas por frigoríficos de Castanhal e do Sul do Pará. E as estradas estão bloqueadas, e daí a dificuldade. Outra preocupação é o frango, porque eu soube que tem frigorifico que vai parar de abater, porque não tem como escoar a produção e as granjas não estão recebendo a ração para as aves”, afirmou o presidente da Aspas.
O casal Arthêmio Scardino Guimarães Júnior, bancário, e Francineide Castilho Guimarães, bacharel em Moda, comprava hortifrutigranjeiros em um supermercado, ontem à noite. “Eu sou precavida; abasteço mesmo a dispensa, já pensando, inclusive, em um possível desabastecimento generalizado”, disse Francineide. Os aumentos de preços dos combustíveis afetam o frete para transporte dos produtos. São 380 lojas de supermercaos em funcionamento na Grande Belém e geram 35 mil empregos diretos na Região Metropolitana.
Em Brasil Novo foi preciso enfrentar filas durante a manhã de hoje para poder realizar o abastecimento nesta quinta-feira.

Fonte: Portal ORM

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