Foram
cumpridos sete mandados judiciais, sendo um de prisão preventiva, um de prisão
temporária, cinco de busca e apreensão.
Polícia Federal aprendeu dinheiro e objetos nas residências dos investigados. (Foto: Ascom/ Polícia Federal) |
Polícia Federal realizou
nesta terça-feira (8) a Operação Entice, para desarticular uma quadrilha
especializada em fraudar benefícios de seguro-desemprego em Marabá e Redenção,
no sudeste do Pará. Foram cumpridos sete mandados judiciais, sendo um mandados de
prisão preventiva, um de prisão temporária e cinco de busca e apreensão.
Segundo a PF, os mandados de busca e apreensão
foram cumpridos nas residências dos investigados e no Sistema Nacional de
Emprego (Sine) da cidade de Marabá, onde trabalhavam os servidores investigados
na operação. A Justiça determinou ainda o afastamento de dois servidores das
suas funções públicas.
Quadrilha fraudava o sistema para receber o seguro-desemprego. (Foto: Ascom/ Polícia Federal) |
De acordo com levantamentos realizados pelo
Ministério do Trabalho, o prejuízo causado pelas fraudes investigadas, de
agosto de 2016 até março de 2018, foi de R$ 4.630 milhões. O rombo poderia ter
sido maior, de aproximadamente R$ 26.886 milhões, mas o sistema antifraude do
ministério bloqueou os pagamentos.
Fraude
A fraude consistia em aliciar
servidores do Sine para que eles, através de seus usuários, acessassem ou
permitissem o acesso de terceiros aos sistemas de concessão do benefício do
Ministério do Trabalho. Uma vez com acesso ao sistema, os servidores ou os
aliciadores fraudavam a demissão de trabalhadores que se encontravam com
vínculos de trabalho ativo. Essas pessoas, muitas vezes só tomavam conhecimento
das fraudes quando eram demitidos de fato e ao requererem seus benefícios eram
informados que esses já haviam sido sacados.
A PF explica ainda que toda a
fraude era realizada de forma eletrônica, muitas vezes com a criação de números
de Programa de Integração Social (PIS) falsos. Além disso, os criminosos
fraudavam a segunda via do cartão cidadão e efetuavam saques em diversas
cidades do país.
Os investigados responderão pelos crimes de
associação criminosa, corrupção ativa e passiva, inserção de dados falsos em
sistemas de informações e estelionato. Ao todo, as penas pelos crimes
investigados podem alcançar mais de 30 anos. Os presos serão encaminhados para
presídios da cidade de Marabá, onde ficarão detidos à disposição da Justiça
Federal.
Fonte:
G1 Pará
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