Risco de surtos inclui zika e chikungunya, segundo Ministério
da Saúde.
Foto: Oswaldo Forte/O Liberal |
Quase um quinto dos
municípios paraenses apresentam alta infestação do mosquito Aedes aegypti,
transmissor da dengue, zika e chikungunya. Segundo dados do Ministério da
Saúde, 36 cidades (25% dos 144 municípios) têm índice de infestação predial
(IIP) acima de 4%, o que representa risco de surto das três doenças. O
Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa),
divulgado ontem, indica ainda alerta para surto em outros 64 municípios. Nesses
locais, o IPP fica entre 1% e 3,9%.
Os casos mais preocupantes do Estado estão nos municípios
de Altamira, onde a proporção chega a 17,7% das moradias; Belterra, com risco
em 16,2%; e São Félix do Xingu, com 10,5%. Na sequência, aparecem Senador José
Porfírio (7,8%), Breves (7,7%), Ulianópolis (7,1%), Dom Eliseu (6,9%),
Ourilândia do Norte (6,8%), Santo Antônio do Tauá (6,3%), Pau D’Arco (6,2%),
Santarém (6,0%), Colares (5,9%), Água Azul do Norte (5,9%), Prainha (5,8%),
Rondon do Pará (5,6%), Cachoeira do Piriá (5,6%), São Domingos do Araguaia
(5,4%), Tailândia (5,1%), Alenquer (5,1%), Terra Alta (4,9%), Irituia (4,9%),
Breu Branco (4,9%), Santa Bárbara do Pará (4,8%), Itupiranga (4,8%), Santa
Maria das Barreiras (4,7%), Salvaterra (4,4%), Salinópolis (4,4%), Canaã dos
Carajás (4,4%), Cametá (4,3%), Santa Isabel do Pará (4,3%), Magalhães Barata
(4,3%), Afuá (4,3%), Tomé-Açu (4,1%), Redenção (4,1%), Floresta do Araguaia
(4,1%) e Bom Jesus do Tocantins (4,1%).
Na maioria (44,4%) a situação é de alerta, incluindo
nesse rol Belém, com margem de 2,6% dos lares com larvas do mosquito da dengue;
Ananindeua (2,6%); Tucuruí (2,4%); Marabá (2,4%); Barcarena (2,4%); e Castanhal
(2,1%). No total são 100 municípios em situação de alerta e risco, o que
representa 69,4% dos municípios no Estado, enquanto que 17,3% dos municípios
(35) estão em situação satisfatória, inferiores a 1%.
Em todo o País, o levantamento indicou 1.153 municípios
(22%) em situação de risco, 2.069 em situação de alerta e 1.711 satisfatórios.
Ao todo, 5.191 municípios realizaram algum tipo de monitoramento do mosquito
transmissor dessas três doenças, sendo 4.933 por levantamento de infestação
(LIRAa/LIA) e 258 por armadilha. No Pará, 135 municípios foram avaliados, todos
pelo LIRAa.
Os dados são um alerta para a necessidade de intensificar
as ações de combate ao mosquito, mesmo durante o outono e inverno, em todo o
País. “O resultado do levantamento indica que é necessário dar mais atenção nas
ações de combate ao mosquito. A prevenção não pode ser interrompida, mesmo no
período mais frio do ano”, alertou o secretário de Vigilância em Saúde, do
Ministério da Saúde, Osnei Okumoto. Segundo o secretário, a continuidade das
ações é importante para manter baixos os índices de infestação, justamente para
quando chegar a época de maior proliferação. “Assim será possível manter a
redução do número de casos” explicou o secretário.
Fonte:
Portal ORM
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