BRASIL NOVO NOTÍCIA: MINISTRO DO STJ DETERMINA A SOLTURA DE PADRE AMARO, PRESO NO PA

sexta-feira, 29 de junho de 2018

MINISTRO DO STJ DETERMINA A SOLTURA DE PADRE AMARO, PRESO NO PA

Liderança da CPT no Pará e braço direito de missionária Dorothy Stang,
Padre Amaro teve prisão preventiva cumprida pela Polícia do Pará,
após decisão da Justiça. (Foto: Reprodução / TV Liberal)

Habeas corpus havia sido negado pela Justiça do Pará no dia 4 de junho. Padre Amaro cumpre prisão em Altamira e aguarda agora que a decisão do STJ seja comunicada oficialmente ao juiz da comarca de Anapu e à Susipe.O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Rogerio Schietti Cruz concedeu nesta quinta-feira (28) o recurso de habeas corpus ao padre José Amaro Lopes de Sousa, preso em março deste ano em Anapu, no sudeste paraense. A Justiça do Pará havia negado o pedido de habeas corpus no dia 4 de junho. A decisão veio por unanimidade dos desembargadores do Tribunal de Justiça (TJPA). Ele é investigado de envolvimento nos crimes de associação criminosa, ameaça, extorsão, constrangimento ilegal e lavagem de dinheiro. O G1 aguarda mais informações da defesa do Padre Amaro.
Padre Amaro cumpre prisão em Altamira e aguarda agora que a decisão seja comunicada oficialmente ao juiz da comarca de Anapu e à Superintendência do Sistema Penitenciário (Susipe).
Padre Amado era considerado braço direito da missionária Dorothy Stang, assassinada em 2005, em Anapu, sudoeste do estado. Ele deu continuidade ao trabalho da religiosa defendendo os direitos humanos, assentamento de sem-terra e as reformas fundiária e agrária na região.
Ao ser preso, o padre foi levado para o mesmo presídio do mandante do assassinato de Dorothy Stang, fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão, conhecido como 'Taradão'. Galvão foi preso em setembro de 2017, 12 anos após o crime.
Em março deste ano, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) no Pará divulgou uma nota afirmando que a prisão preventiva da liderança rural Padre Amaro "é uma medida que busca satisfazer aos interesses dos latifundiários" da região do sudoeste do estado. A nota alegava que a decisão não teria se baseado em fatos concretos, mas em depoimentos de fazendeiros e de outras pessoas contrárias ao trabalho do padre.

Fonte: G1/PA

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